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Ibovespa volta a cair forte com aversão global à risco

Queda se deu por movimento global de fuga para ativos considerados mais seguros, além de preocupações sobre risco político no Brasil

O Ibovespa ainda reduziu as perdas à tarde, acompanhando Wall Street, mas fechou em baixa de 2,32 %, a 45.965 pontos, segundo dados preliminares. Na mínima, o índice registrou baixa de 3,5 % (REUTERS/Nacho Doce)
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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2013 às 18h15.

São Paulo - O principal índice da Bovespa voltou a cair forte nesta segunda-feira, diante de um movimento global de fuga para ativos considerados mais seguros, além de preocupações sobre risco político no Brasil.

O Ibovespa ainda reduziu as perdas à tarde, acompanhando Wall Street, mas fechou em baixa de 2,32 %, a 45.965 pontos, segundo dados preliminares. Na mínima, o índice registrou baixa de 3,5 %. O giro financeiro do pregão foi de 9,1 bilhões de reais.

"É um movimento de aversão total, estamos vendo uma fuga de capital do Brasil, todo mundo procurando ir para um lugar mais seguro", disse o analista de investimentos João Luiz Piccioni, da Petra Asset em São Paulo.

Investidores seguiam preocupados com a perspectiva de menos estímulos monetários nos Estados Unidos ainda neste ano, que provocava uma migração de recursos de mercados emergentes para ativos considerados mais seguros.

Pesquisa do Societe Generale divulgada nesta segunda-feira apontou para "colapso" do sentimento de investidores com relação a emergentes. "O sentimento de risco teve forte deterioração e agora aponta para um viés fortemente de baixa", escreveu Benoît Anne, chefe de estratégia para mercados emergentes.

Preocupações com possível redução da liquidez do sistema financeiro chinês e seus impactos para o ritmo de atividade do país também pesava nas ações, com destaque para a mineradora Vale, que tem na China seu principal mercado, cuja ação afundou quase 6 %.

A cena local também não ajudava no ambiente de negócios, diante da percepção de risco político no país. Papéis de concessionárias de rodovias recuaram na sessão, depois que o governo de São Paulo cancelou o reajuste dos pedágios de rodovias do Estado neste ano.

A estatal paranaense de energia Copel inverteu o sinal à tarde e conseguiu fechar no campo positivo, após ter caído 6,1 % na mínima intradiária. A Aneel, órgão regulador do setor elétrico, atendeu o pedido da companhia e suspendeu o aumento do tarifa que entraria em vigor nesta segunda-feira.

A decisão ocorreu após o governador do Paraná, Beto Richa, afirmar no fim da semana passada que falaria com a diretoria da Copel para suspender o aumento médio de 14,61 % nas tarifas de energia aplicada pela companhia.

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São Paulo - O principal índice da Bovespa voltou a cair forte nesta segunda-feira, diante de um movimento global de fuga para ativos considerados mais seguros, além de preocupações sobre risco político no Brasil.

O Ibovespa ainda reduziu as perdas à tarde, acompanhando Wall Street, mas fechou em baixa de 2,32 %, a 45.965 pontos, segundo dados preliminares. Na mínima, o índice registrou baixa de 3,5 %. O giro financeiro do pregão foi de 9,1 bilhões de reais.

"É um movimento de aversão total, estamos vendo uma fuga de capital do Brasil, todo mundo procurando ir para um lugar mais seguro", disse o analista de investimentos João Luiz Piccioni, da Petra Asset em São Paulo.

Investidores seguiam preocupados com a perspectiva de menos estímulos monetários nos Estados Unidos ainda neste ano, que provocava uma migração de recursos de mercados emergentes para ativos considerados mais seguros.

Pesquisa do Societe Generale divulgada nesta segunda-feira apontou para "colapso" do sentimento de investidores com relação a emergentes. "O sentimento de risco teve forte deterioração e agora aponta para um viés fortemente de baixa", escreveu Benoît Anne, chefe de estratégia para mercados emergentes.

Preocupações com possível redução da liquidez do sistema financeiro chinês e seus impactos para o ritmo de atividade do país também pesava nas ações, com destaque para a mineradora Vale, que tem na China seu principal mercado, cuja ação afundou quase 6 %.

A cena local também não ajudava no ambiente de negócios, diante da percepção de risco político no país. Papéis de concessionárias de rodovias recuaram na sessão, depois que o governo de São Paulo cancelou o reajuste dos pedágios de rodovias do Estado neste ano.

A estatal paranaense de energia Copel inverteu o sinal à tarde e conseguiu fechar no campo positivo, após ter caído 6,1 % na mínima intradiária. A Aneel, órgão regulador do setor elétrico, atendeu o pedido da companhia e suspendeu o aumento do tarifa que entraria em vigor nesta segunda-feira.

A decisão ocorreu após o governador do Paraná, Beto Richa, afirmar no fim da semana passada que falaria com a diretoria da Copel para suspender o aumento médio de 14,61 % nas tarifas de energia aplicada pela companhia.

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