Ibovespa tem nova queda, na contramão do exterior
Bolsa recuou 0,53%, como reflexo de um fluxo de saída de investidores estrangeiros do mercado
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2014 às 18h02.
São Paulo - A falta de notícias catalisadoras e o baixo giro de negócios levaram a Bovespa a zerar os ganhos durante a tarde e fechar em queda.
Segundo operadores, o recuo da bolsa também foi reflexo de um fluxo de saída de investidores estrangeiros do mercado. O desempenho negativo da Bovespa contrariou a alta registrada pelas bolsas de Nova York.
No fim do dia, o Ibovespa recuou 0,53%, para 51.558,79 pontos. O volume de negócios somou R$ 5,182 bilhões, segundo dados preliminares. No mês, a bolsa acumula alta de 0,62% e no ano, ganho de 0,10%.
Na máxima da sessão, o índice atingiu 52.245 pontos (+0,80%) e na mínima, 51.470 pontos (-0,70%). Nos EUA, as bolsas terminaram em alta, com o índice Dow Jones (+0,59%), o S&P 500 (+0,65%) e o Nasdaq (+1,05%).
A Bovespa operou em alta pela manhã, ajudada pelo sinal positivo nos mercados acionários internacionais devido às medidas de estímulo econômicos anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE).
Os ganhos perderam força mais tarde e Bovespa atingiu mínimas na sessão durante a tarde, em meio ao giro baixo e falta de notícias para conduzir os negócios.
O BCE decidiu reduzir suas três taxas básicas de juros na reunião de política monetária desta quinta-feira, como havia previsto a grande maioria dos analistas.
O banco cortou a principal delas, a taxa de refinanciamento, para a nova mínima histórica de 0,15%, de 0,25%, nível onde se encontrava desde novembro.
Além disso, a instituição diminuiu a taxa de juros de empréstimo marginal a 0,40%, de 0,75%, e reduziu a taxa para depósitos bancários, a -0,10%, de 0%. A taxa negativa de depósitos é inédita na zona do euro.
O presidente do BCE, Mario Draghi, também anunciou um programa de operações de longo prazo direcionadas (TLTRO, na sigla em inglês), com valor estimado em 400 bilhões de euros, que será condicionado ao compromisso dos bancos de fazerem empréstimos para a economia real.
O banco suspendeu ainda a esterilização das compras de seu programa de títulos dos mercados, num gesto que libera cerca de 175 bilhões de euros em liquidez adicional, e prometeu "intensificar o trabalho preparatório" relacionado a compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês).
Analistas disseram que as medidas surpreenderam o mercado.
"Estávamos esperando uma estratégia de 'fluxo incessante' com várias medidas sendo divulgadas aos poucos. Mas o BCE mostrou uma coleção de medidas de uma só vez, o que gerou uma onda de surpresas", resumiu o economista do BNP Paribas Ken Wattret.
Entre os destaques corporativos de queda estavam: Petrobras PN (-1,51%), Petrobras ON (-1,52%), Vale ON (-0,45%) e Vale PNA (-0,35%). Os papéis de alguns bancos também recuaram: Bradesco ON (-1,10%), Bradesco PN (-0,80%) e Itaú Unibanco (-0,75%).
São Paulo - A falta de notícias catalisadoras e o baixo giro de negócios levaram a Bovespa a zerar os ganhos durante a tarde e fechar em queda.
Segundo operadores, o recuo da bolsa também foi reflexo de um fluxo de saída de investidores estrangeiros do mercado. O desempenho negativo da Bovespa contrariou a alta registrada pelas bolsas de Nova York.
No fim do dia, o Ibovespa recuou 0,53%, para 51.558,79 pontos. O volume de negócios somou R$ 5,182 bilhões, segundo dados preliminares. No mês, a bolsa acumula alta de 0,62% e no ano, ganho de 0,10%.
Na máxima da sessão, o índice atingiu 52.245 pontos (+0,80%) e na mínima, 51.470 pontos (-0,70%). Nos EUA, as bolsas terminaram em alta, com o índice Dow Jones (+0,59%), o S&P 500 (+0,65%) e o Nasdaq (+1,05%).
A Bovespa operou em alta pela manhã, ajudada pelo sinal positivo nos mercados acionários internacionais devido às medidas de estímulo econômicos anunciadas pelo Banco Central Europeu (BCE).
Os ganhos perderam força mais tarde e Bovespa atingiu mínimas na sessão durante a tarde, em meio ao giro baixo e falta de notícias para conduzir os negócios.
O BCE decidiu reduzir suas três taxas básicas de juros na reunião de política monetária desta quinta-feira, como havia previsto a grande maioria dos analistas.
O banco cortou a principal delas, a taxa de refinanciamento, para a nova mínima histórica de 0,15%, de 0,25%, nível onde se encontrava desde novembro.
Além disso, a instituição diminuiu a taxa de juros de empréstimo marginal a 0,40%, de 0,75%, e reduziu a taxa para depósitos bancários, a -0,10%, de 0%. A taxa negativa de depósitos é inédita na zona do euro.
O presidente do BCE, Mario Draghi, também anunciou um programa de operações de longo prazo direcionadas (TLTRO, na sigla em inglês), com valor estimado em 400 bilhões de euros, que será condicionado ao compromisso dos bancos de fazerem empréstimos para a economia real.
O banco suspendeu ainda a esterilização das compras de seu programa de títulos dos mercados, num gesto que libera cerca de 175 bilhões de euros em liquidez adicional, e prometeu "intensificar o trabalho preparatório" relacionado a compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês).
Analistas disseram que as medidas surpreenderam o mercado.
"Estávamos esperando uma estratégia de 'fluxo incessante' com várias medidas sendo divulgadas aos poucos. Mas o BCE mostrou uma coleção de medidas de uma só vez, o que gerou uma onda de surpresas", resumiu o economista do BNP Paribas Ken Wattret.
Entre os destaques corporativos de queda estavam: Petrobras PN (-1,51%), Petrobras ON (-1,52%), Vale ON (-0,45%) e Vale PNA (-0,35%). Os papéis de alguns bancos também recuaram: Bradesco ON (-1,10%), Bradesco PN (-0,80%) e Itaú Unibanco (-0,75%).