Mercados

Ibovespa sobe 7,5% em agosto e 13% em três meses

Os ganhos no mês vieram na esteira de uma cenário externo favorável e um quadro político local também mais positivo

B3: "Com alguma dificuldade, mas as coisas estão saindo", disse economista (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: "Com alguma dificuldade, mas as coisas estão saindo", disse economista (Patricia Monteiro/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 31 de agosto de 2017 às 18h08.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 encerrou quase estável nesta quinta-feira, uma vez que o cenário externo favorável se contrapôs à cautela com a política local, mas fechou o terceiro mês seguido de ganhos.

O Ibovespa cedeu 0,07 por cento, a 70.835 pontos. Em agosto, a alta foi de 7,46 por cento, maior avanço mensal desde outubro passado, quando o ganho foi de 11,2 por cento. Nos últimos três meses, alta acumulada foi de 12,95 por cento.

O giro financeiro da sessão somou 12,15 bilhões de reais, acima da média diária para o mês, de 8,6 bilhões de reais.

Os ganhos no mês vieram na esteira de uma cenário externo favorável e um quadro político local também mais positivo.

"Com alguma dificuldade, mas as coisas estão saindo. Então, essa expectativa de que as medidas continuem saindo, ainda que meio desidratadas, e com economia lentamente voltando para os eixos... isso ajuda os mercados aqui", disse o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira.

Na sessão, a alta de commodities como minério de ferro e petróleo e dados mostrando inesperada aceleração da atividade industrial na China motivaram otimismo.

No entanto, o cenário doméstico teve sinais mistos diante de um avanço lento de medidas econômicas no Congresso. A Câmara concluiu a votação da TLP na véspera, sem alterações no texto. Otexto precisa de aval do Senado até 7 de setembro, quando a medida provisória perde a validade.

No caso das novas metas fiscais para este ano e o próximo, o Congresso aprovou o texto-base, mas a votação dos destaques ficou para a próxima semana.

Destaques

- PETROBRAS PN avançou 1,49 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,65 por cento, acompanhando os preços do petróleo no mercado global e após a alta de 4,2 por cento no preço da gasolina da empresa nas refinarias.- VALE ON subiu 2,15 por cento, em linha com os contratos futuros do minério de ferro na China.

- USIMINAS PNA avançou 5,03 por cento e CSN ON ganhou 1,64 por cento, também na esteira dos ganhos dos futuros do minério de ferro e do aço na China. GERDAU PN ganhou 0,25 por cento.

- JBS ON caiu 2,47 por cento, refletindo cautelaantes da assembleia de acionistas, na sexta-feira, na qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai defender a retirada do presidente-executivo da companhia, Wesley Batista, embora o conselho de administração tenha se manifestado no início da semana contra o pedido. Nesta sessão, o BNDES recorreu à Justiça para tentar impedir que os controlares da JBS votem na assembleia.

- ELETROBRAS ON perdeu 4,81 por cento e ELETROBRAS PNB recuou 5,91 por cento, em movimento de ajuste após fortes altas recentes na esteira do anúncio de planos para privatização da estatal de energia.

- ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES ON caiu 1,79 por cento, após resultado da assembleia geral extraordinária, na qual foi rejeitado o mecanismo que encarece a tomada de controle da empresa. No mês até a véspera, a ação acumulava alta de quase 29 por cento.

 

Acompanhe tudo sobre:AçõesB3Ibovespa

Mais de Mercados

Petrobras cai até 3% com reação ao plano de compra de 40% de campo de petróleo na Namíbia

Ações da Heineken caem após perda de quase US$ 1 bilhão na China

Ibovespa fecha em queda nesta segunda-feira puxado por Petrobras

Entenda por que o mercado ficará de olho no Banco Central do Japão nesta semana

Mais na Exame