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Ibovespa segue tendência negativa e volta a cair

Índice fechou em queda de 0,72% guiado pelas ações da Petrobras, conforme a busca por barganhas voltou a dar lugar a pessimismo


	Mulher passa em frente ao logo da Bovespa: índice chegou a cair 1,57 por cento mais cedo, seguindo a trajetória cadente das bolsas norte-americanas
 (REUTERS/Nacho Doce)

Mulher passa em frente ao logo da Bovespa: índice chegou a cair 1,57 por cento mais cedo, seguindo a trajetória cadente das bolsas norte-americanas (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 17h15.

São Paulo - O principal índice da Bovespa recuou nesta quarta-feira, guiado pelas ações da Petrobras, conforme a busca por barganhas da véspera voltou a dar lugar a pessimismo sobre a economia brasileira.

O Ibovespa caiu 0,72 por cento, a 46.624 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 6,6 bilhões de reais.

O índice chegou a cair 1,57 por cento mais cedo, seguindo a trajetória cadente das bolsas norte-americanas, após dados piores que o esperado sobre o mercado de trabalho.

O setor privado dos EUA somou 175 mil postos de trabalho em janeiro, segundo relatório da ADP, resultado pouco abaixo da estimativa média de economistas consultados pela Reuters, que apontava para criação de 180 mil vagas.

Com a aproximação do fechamento do pregão, as bolsas dos EUA devolveram perdas, influenciando o índice brasileiro.

"A tendência do mercado continua negativo. Ontem tivemos um dia atípico de alta, levado pelo forte balanço do Itaú Unibanco. Mas não tem perspectiva e confiança para a bolsa subir... A gente começa a coletar informações e relatórios e vê que economistas estão bem pessimistas", afirmou o analista-chefe da Magliano Corretora, Henrique Kleine.

Nesta quarta-feira, o Credit Suisse reduziu sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2014, de 2 por cento para 1,5 por cento.

No front corporativo, as ações da Petrobras exerceram a maior pressão de queda no índice. A companhia atrasou a divulgação de seu balanço trimestral de 14 de fevereiro para 25 de fevereiro.

Também caíram forte as ações das empresas do setor elétrico Light e Cemig, após diversas regiões do Brasil sofrerem corte de fornecimento na terça por falhas no sistema de transmissão.

Segundo a Ativa Corretora, o evento é "potencialmente negativo para as empresas do setor, que devem ficar ainda mais pressionadas... o que já vinha ocorrendo após a falta de chuvas ter levado preço da energia no mercado de curto prazo ao recorde e máximo permitido pela Aneel, de 822 reais/MWh".

O frigorífico JBS foi outro destaque negativo. "A JBS tem um passivo muito grande em dólar e o câmbio atrapalha bastante. Às vezes, antes do balanço, o pessoal começa a desmontar posições, antecipando um possível número ruim", disse Kleine, da Magliano.

Já Vale rumou na contramão. O Morgan Stanley elevou a recomendação dos ADRs da mineradora para "overweight" (acima da média do mercado), afirmando que a relação risco/recompensa dos ativos ficou atraente para investidores na América Latina e mercados emergentes.

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