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Ibovespa reduz queda com recuperação de Petrobras e BB

Às 11h20, o Ibovespa caía 0,22%, a 47.028,17 pontos. Na mínima, mais cedo, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,3%, a 46.520 pontos


	Fachada do Bovespa: a alta dos preços do petróleo no exterior endossava a recuperação dos papéis
 (Bloomberg)

Fachada do Bovespa: a alta dos preços do petróleo no exterior endossava a recuperação dos papéis (Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2016 às 11h56.

São Paulo - O principal índice da Bovespa desacelerava as perdas no final da manhã desta quarta-feira, amparado na recuperação dos papéis da Petrobras e do Banco do Brasil, embora incertezas na esfera política sigam adicionando volatilidade às ações brasileiras.

Às 11h20, o Ibovespa caía 0,22%, a 47.028,17 pontos. Na mínima, mais cedo, o índice de referência do mercado acionário brasileiro caiu 1,3%, a 46.520 pontos. O volume financeiro no pregão era de 1,56 bilhão de reais.

O mercado brasileiro segue na expectativas se o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumirá um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff e potenciais desdobramentos para a cena política e econômica, mas também repercutem ruídos envolvendo o titular do Banco Central, Alexandre Tombini.

Dilma Rousseff estava reunida nesta manhã com o ex-presidente Lula e os ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, e da Casa Civil, Jaques Wagner, em meio a incertezas se Lula assumirá ou não um ministério.

De acordo com o jornal Valor Econômico, Tombini tem dado sinais de que pedirá para deixar o cargo na movimentação ministerial que está sendo desenhada para adequar o governo a um novo perfil.

Na visão da equipe da Guide Investimentos, os mercados locais devem continuar reagindo de forma negativa à possibilidade de guinada na condução da política econômica, principalmente com a entrada do ex-presidente Lula no governo, caso este venha a se tornar ministro.

Do exterior, investidores monitoram decisão de política momentária nos Estados Unidos prevista para a parte da tarde, principalmente o discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, na sequência.

Destaques 

Petrobras tinha as ações preferenciais em alta de 4,5%, após dois dias de fortes quedas, conforme os papéis seguem sensíveis ao cenário político.

A alta dos preços do petróleo no exterior endossava a recuperação dos papéis.

Banco do Brasil, outro papel que segue atrelado às expectativas no campo político, subia 2,6%, também recuperando-se das perdas do início do pregão e após recuar mais de 20% na véspera, na maior queda percentual diária em 20 anos.

No setor, Itaú Unibanco e Bradesco caíam 2,8 e 3,2%, respectivamente.

Vale mostrava as ações preferenciais de classe A com ganho de 3,2%, amparadas na alta dos preços do minério de ferro na China.

Papéis de siderúrgicas acompanhavam a melhora, com CSN em alta de 6% e Usiminas avançando 5%.

OI recuava 0,9%, pressionada por preocupações sobre as alternativas que a operadora de telecomunicações pode buscar para otimizar sua liquidez e perfil de dívida.

A empresa informou que está estudando com sua assessora financeira PJT Partners todas as oportunidades e propostas, que podem envolver a emissão de novas ações, embora não exista decisão.

Ecorodovias tinha desvalorização de 1%, após empresa de concessões de infraestrutura divulgar lucro líquido de 40,6 milhões de reais no quarto trimestre, queda de 24,6% na comparação anual.

Gol, que não está no Ibovespa, reduziu a queda para 3,4%, em sessão com dados operacionais da companhia aérea no radar, mostrando queda de 5% na demanda total de passageiros em fevereiro sobre um ano antes, enquanto a oferta de voos recuou 4,1% e as decolagens caíram 5,1%.

Os papéis também são afetados pela valorização do dólar ante o real.

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