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Ibovespa recua em movimento de ajuste após 11 altas seguidas

A sequência de ganhos abriu espaço para algum ajuste, mas a manutenção do forte fluxo de investidores para a bolsa limitou o movimento

B3: apenas na 1ª semana do ano, o saldo externo na bolsa teve entrada líquida de 2,39 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: apenas na 1ª semana do ano, o saldo externo na bolsa teve entrada líquida de 2,39 bilhões de reais (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 18h47.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 recuou nesta terça-feira, num ajuste após 11 pregões seguidos de alta e renovação de recordes, mas com o movimento ainda contido pela manutenção de ingresso de recursos diante do otimismo externo e com o cenário local.

O Ibovespa fechou em queda de 0,65 por cento, a 78.863 pontos. O giro financeiro somou 8,23 bilhões de reais.

A sequência de ganhos abriu espaço para algum ajuste, mas a manutenção do forte fluxo de investidores para a bolsa limitou o movimento. Apenas na primeira semana do ano, o saldo externo na bolsa teve entrada líquida de 2,39 bilhões de reais.

"Esse ajuste é necessário... e faz sentido para dar espaço para mais gente entrar", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz, acrescentando que embora a tendência continue sendo de alta para o mercado, existe a possibilidade de um ajuste até o patamar ao redor de 76 mil pontos antes do julgamento em segunda instância do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O julgamento de Lula está marcado para dia 24 e cresceu no mercado a aposta de que este pode ser o primeiro passo para deixar o ex-presidente de fora da corrida eleitoral deste ano.

O noticiário econômico também segue favorável. Os dados de vendas no varejo em novembro no Brasil mostraram alta superior à esperada em novembro e o melhor resultado para o mês em seis anos com impulso da Black Friday e das festas de fim de ano. Em novembro, as vendas subiram 0,7 por cento ante outubro. A pesquisa da Reuters apontava alta de 0,2 por cento.

Destaques

- ELETROBRAS ON caiu 3,97 por cento e ELETROBRAS PNB cedeu 4,23 por cento, diante da possibilidade de aumento de custos para a elétrica, após fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sinalizar possível cobrança de mais 1 bilhão de reais. Os papéis seguem apresentando forte volatilidade em meio à expectativa por novidades sobre o processo de privatização da empresa.

- JBS ON teve perda de 3,4 por cento, após o Citigroup cortar a recomendação para as ações da empresa para "neutra", devido à recente alta e com a expectativa de desaceleração das receitas.

- BRADESCO PN caiu 0,93 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN teve perda de 1,09 por cento.

- VALE ON reverteu os ganhos vistos mais cedo e fechou em baixa de 0,37 por cento, apesar dos ganhos para os contratos futuros do minério de ferro na China.

- CSN ON avançou 2,71 por cento, o melhor desempenho entre as siderúrgicas, ainda diante da expectativa pela renegociação de dívidas com bancos e tendo no radar a notícia do jornal O Estado de São Paulo de que a venda da fatia da empresa na Usiminas pode ocorrer em breve. As ações da Usiminas tiveram alta de 1,08 por cento. GERDAU PN ganhou 0,57 por cento.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON fecharam estáveis, após passarem o dia trocando de sinal, em sessão de ganhos para os preços do petróleo no mercado internacional.

- BRF ON subiu 0,38 por cento, após a empresa anunciar o lançamento de sua terceira marca de processados, a Kidelli, apostando num segmento com preço mais baixo para ajudar a elevar as margens do grupo por meio de ganhos de eficiência em sua operação.

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