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Ibovespa recua com ruídos na política e dados dos EUA

O principal índice da bolsa paulista acumulou alta de 2,37% na semana, após cair nas duas semanas anteriores

B3: "Os dados de hoje fecharam a questão sobre a alta de juros (nos EUA) em dezembro", disse analista (Facebook/B3/Reprodução)

B3: "Os dados de hoje fecharam a questão sobre a alta de juros (nos EUA) em dezembro", disse analista (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 6 de outubro de 2017 às 18h08.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista caiu nesta sexta-feira, após o cenário político voltar a gerar cautela e dados do mercado de trabalho norte-americano reforçarem apostas na alta de juros nos EUA, o que abriu espaço para algum ajuste.

O Ibovespa fechou em queda de 0,73 por cento, a 76.054 pontos, mas acumulou alta de 2,37 por cento na semana, após cair nas duas semanas anteriores.

O giro financeiro somou 7,9 bilhões de reais, ante média diária de setembro de 9,97 bilhões de reais e abaixo ainda da média diária vista nos quatro primeiros pregões de outubro, de 9,8 bilhões de reais.

No exterior, os dados do mercado de trabalho nos EUA mostraram fechamento de vagas em setembro pela primeira vez em sete anos, mas houve queda da taxa de desemprego e aumento da renda média dos trabalhadores, sinais de que o mercado segue se fortalecendo.

"Os dados de hoje fecharam a questão sobre a alta de juros (nos EUA) em dezembro", disse o analista da Um Investimentos Aldo Moniz.

Localmente, a política voltou a despertar alguma cautela na véspera, após o PSDB tentar retirar o deputado Bonifácio de Andrada (MG) da relatoria da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. No entanto, o deputado seguirá na relatoria, ocupando uma vaga cedida pelo PSC.

Do lado econômico, a inflação oficial do país subiu mais do que o esperado em setembro, mas permanece no caminho para terminar o ano abaixo do piso. No mês passado, o IPCA subiu 0,16 por cento, ante estimativa em pesquisa Reuters alta de 0,09 por cento. Em 12 meses, a inflação foi de 2,54 por cento, acima dos 2,47 por cento na pesquisa.

Destaques

- PETROBRAS PN caiu 1,32 por cento e PETROBRAS ON perdeu 1,21 por cento, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuou 1,17 por cento e BRADESCO PN teve baixa de 1,04 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso desses papéis em sua composição.

- VALE ON caiu 0,4 por cento, na última sessão da semana sem referência para os preços do minério de ferro na China, devido a feriado no país asiático.

- CSN ON cedeu 2,66 por cento e GERDAU PN perdeu 2,89 por cento, enquanto USIMINAS PNA anulou as perdas inciais e subiu 4,35 por cento. No radar estava a decisão da União Europeia de sobretaxar o aço laminado a quente de alguns países, incluindo o Brasil. Para analistas da Coinvalores, apesar de alguma pressão negativa nas ações no curto prazo, o impacto em termos operacionais não deve ser muito expressivo, uma vez que as siderúrgicas brasileiras de capital aberto não são grandes exportadoras de laminado a quente para Europa.

- FIBRIA ON avançou 4,4 por cento e liderou a ponta positiva do Ibovespa, após o JP Morgan elevar o preço-alvo para os papéis da empresa para 57 reais, ante 46 reais, e afirmar que os preços médios para celulose devem ser continuar em um patamar saudável por mais tempo.

- ELETROPAULO PN, que não faz parte do Ibovespa, avançou 2,75 por cento, após o BTG Pactual elevar a recomendação dos papéis para "compra", com preço-alvo de 20 reais. A melhora na recomendação vem após o anúncio de um memorando de entendimento com a Eletrobras com o objetivo de acabar com uma disputa judicial sobre uma dívida bilionária. Os papéis PNB da Eletrobras caíram 3,71 por cento, enquanto os ON recuaram 3,07 por cento.

- RENOVA ENERGIA UNIT, que também não figura no Ibovespa, caiu 9,19 por cento, reagindo à notícias da Reuters, de que Brookfield Asset Management desistiu de melhorar uma oferta pela empresa de energias renováveis.

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