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Ibovespa recua com cenário político ainda no radar e sem EUA

Às 11:30, o índice da bolsa brasileira caía 0,34 por cento, a 63.865 pontos. O giro financeiro era de 839 milhões de reais

B3: noticiário político segue tumultuado desde as denúncias contra o presidente Michel Temer (Facebook/B3/Reprodução)

B3: noticiário político segue tumultuado desde as denúncias contra o presidente Michel Temer (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 29 de maio de 2017 às 11h43.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista mostrava fraqueza nesta segunda-feira, com investidores ainda de olho na conturbada situação política do país, em sessão também marcada por feriado nos Estados Unidos, o que tende a diminuir a liquidez dos negócios.

Às 11:30, o Ibovespa caía 0,34 por cento, a 63.865 pontos. O giro financeiro era de 839 milhões de reais.

O noticiário político segue tumultuado desde as denúncias contra o presidente Michel Temer, após a divulgação de conversa com um dos sócios da JBS, e antes de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomar o julgamento que pode levar à cassação de Temer.

Entre as notícias mais recentes, Temer anunciou no domingo a troca do ministro da Justiça, nomeando para o cargo Torquato Jardim, que comandava o Ministério da Transparência. Torquato Jardim foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois períodos e presidiu o Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade) de 2002 a 2008.

Também no radar estava a saída da presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, que anunciou sua renúncia na sexta-feira, alegando motivos pessoais.

Além disso, no fim da sexta-feira, a agência de classificação de riscos Moody's alterou a perspectiva do rating do Brasil para negativa, ante estável, citando as incertezas em torno do ritmo de reformas após a mais recente crise política.

"Semana começa com noticiário negativo... Saldo é que crise deve durar mais do que o previsto por investidores", escreveram analistas da XP Investimentos em nota a clientes.

Destaques

- Bradesco PN perdia 1,15 por cento e Itaú Unibanco PN caía 0,8 por cento, ajudando a pressionar o Ibovespa devido ao peso em sua composição. Santander UNIT tinha baixa de 0,9 por cento e Banco do Brasil ON recuava 1 por cento.

- Cielo ON perdia 2,2 por cento, após subir nos quatro pregões anteriores, período em que acumulou alta de 5,69 por cento.

- CCR ON cedia 1,8 por cento, em dia de baixas para a maioria das taxas de juros futuros e após subir mais de 2 por cento na sexta-feira.

- Sabesp ON perdia 2 por cento, com investidores ainda preocupados com a revisão tarifária da empresa. Recentemente, a Sabesp informou que a aprovação da nota técnica final e o relatório com deliberação sobre a revisão tarifária deve acontecer em 15 de setembro.

- Petrobras PN tinha alta de 0,2 por cento e Petrobras ON ganhava 0,4 por cento, acompanhando o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional.

- JBS ON subia 3,4 por cento. Os papéis da empresa têm mostrado forte volatilidade desde a delação de seus executivos. No radar neste pregão estava a saída de Joesley Batista da presidência do conselho de administração da empresa, e de Wesley Batista da vice-presidência do conselho. Investidores também seguem atentos às negociações para o acordo de leniência do grupo J&F, controlador da JBS.

- Fibria ON avançava 3,2 por cento e Suzano Papel e Celulose PNA ganhava 2,2 por cento. O Santander Brasil melhorou a recomendação para os papéis das duas empresas para "compra", citando entre os fatores a crença de que os fundamentos do setor melhoraram. Também no radar estavam os mais recentes aumentos de preços da celulose anunciados pelas duas empresas.

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