Mercados

Ibovespa recua com cautela global sobre guerra comercial

O Ibovespa registra queda de 0,7 %, a 106.008 pontos

B3: Ibovespa recuava novamente nos primeiros negócios desta quarta-feira (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

B3: Ibovespa recuava novamente nos primeiros negócios desta quarta-feira (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 13 de novembro de 2019 às 10h23.

Última atualização em 13 de novembro de 2019 às 11h45.

São Paulo — O Ibovespa recuava novamente nesta quarta-feira, em linha com o desempenho dos mercados de ações internacionais, que analisava com cautela os sinais sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China dados pelo presidente Donald Trump, em discurso na véspera.

O Ibovespa caiu 0,7 %, a 106.008 pontos. O volume financeiro somava X bilhões de reais. Na véspera, o índice havia caído 1,5%, descolado das bolsas em Wall Street, em movimento atribuído ao clima ruim na América Latina.

Em declarações mistas, Trump repetiu que os negociadores dos EUA e chineses estão "próximos" de uma "fase um" de um acordo comercial, mas também afirmou que aumentaria as tarifas dos produtos chineses "substancialmente" se não chegassem a um consenso.

Além disso, Trump também "não comentou o adiamento, por seis meses, da imposição de tarifas sobre carros europeus", que era muito aguardado por investidores, segundo analistas da Terra Investimentos.

No cenário doméstico, dados do varejo indicaram sinais de recuperação no setor, que registrou o melhor resultado para setembro em dez anos, quadro que poderia beneficiar empresas do segmento de consumo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil está em negociação com a China sobre a possibilidade de livre comércio entre os dois países. Os líderes dos cinco países do BRICS realizam encontro em Brasília para discutir o estímulo de investimentos entre os países, dentre outras pautas econômicas.

Destaques

- BRADESCO PN perdia 0,6%, em sessão majoritariamente fraca para os bancos, corroborando no viés negativo do índice. SANTANDER BR UNT cedia 0,4% e ITAÚ UNIBANCO PN apresentava queda de 0,8%.

- COGNA ON recuava 0,8%, após início de sessão muito volátil. A empresa teve lucro líquido ajustado de 208,6 milhões de reais no terceiro trimestre, uma queda de 41,6% sobre o resultado de um ano antes, mas afirmou que espera cumprir suas estimativas de desempenho para o ano ao prever um resultado dos três últimos meses de 2019 bastante forte. No setor, YDUQS recuava 0,2%.

- MAGAZINE LUIZA ON perdia 3,2%, pesando sobre o índice, após a empresa precificar oferta primária a 43 reais por ação.

- BRF FOODS ON caía 0,6%, enquanto JBS ON e MARFRIG ON perdiam 0,1% e 0,8%, respectivamente. Na véspera, as três empresas tiveram plantas aprovadas para exportações para a China. Fontes também disseram que o BNDES pediu propostas a bancos de investimento para iniciar a venda de sua participação na JBS.

- MRV ON recuava 2,4%, após reportar lucro líquido de 160 milhões de reais no terceiro trimestre, queda de 8% com relação ao mesmo período do ano passado.

- PETROBRAS ON e PETROBRAS PN perdiam 0,5% e 0,8%, respectivamente, em linha recuo dos preços dos contratos futuros do petróleo no exterior.

- QUALICORP ON ganhava 1%, perto da ponta positiva do índice, completando a sexta sessão consecutiva de alta. Nas cinco anteriores, acumulou um avanço de 3,87%.

- CPFL ENERGIA ON caía 0,6%, em sessão com o setor de energia em evidência. EQUATORIAL ON recuava também 0,6%, enquanto COPEL PNB saltava 4,6%, todas após divulgar balanço trimestral. ELETROBRAS PNB registrava queda de 2,7%.

.

Acompanhe tudo sobre:B3Ibovespa

Mais de Mercados

Nippon Steel enfrenta nova tarifa de 29% nos EUA

Encerramento da cúpula do G20, balanço do Walmart e pacote fiscal: os assuntos que movem o mercado

Boeing inicia demissões para reduzir 10% dos funcionários

Essa small cap “não vale nada” e pode triplicar de preço na bolsa, diz Christian Keleti