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Ibovespa recua 0,44%, de olho em balanços e avanço de reformas

No cenário político local, a Câmara dos Deputados iniciou nesta sessão os debates em plenário sobre a proposta de reforma trabalhista

B3: o mercado monitora de perto os passos do Congresso Nacional para avaliar as chances de aprovação da reforma da Previdência (Facebook/B3/Reprodução)

B3: o mercado monitora de perto os passos do Congresso Nacional para avaliar as chances de aprovação da reforma da Previdência (Facebook/B3/Reprodução)

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Reuters

Publicado em 26 de abril de 2017 às 18h14.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em baixa nesta quarta-feira, após trocar de sinal algumas vezes ao longo do dia, em sessão carregada de resultados corporativos e com investidores à espera de avanços em medidas no Congresso Nacional.

O Ibovespa recuou 0,44 por cento, a 64.861 pontos. Na máxima do dia o índice subiu 0,44 por cento, enquanto no pior momento a queda foi de 0,72 por cento. O giro financeiro somou 7,68 bilhões de reais.

No cenário político local, a Câmara dos Deputados iniciou nesta sessão os debates em plenário sobre a proposta de reforma trabalhista, mas a expectativa é de longas discussões, com votação do texto-base do projeto só a partir do fim do dia.

O mercado monitora de perto os passos do Congresso Nacional para avaliar as chances de aprovação da reforma da Previdência, considerada crucial para a recuperação econômica.

Neste sentido, a aprovação na véspera na Câmara de destaque ao projeto de socorro fiscal para Estados super endividados que retira a exigência de aumento de contribuição dos servidores pesou no humor ao longo do dia.

Wall Street fechou perto da estabilidade, após duas sessões de fortes ganhos, diante de incertezas quanto à viabilidade do plano de reforma tributária do governo do presidente Donald Trump, que incluem proposta de reduzir a alíquota de imposto corporativo e sobre os lucros das empresas.

Destaques

- CEMIG PN teve baixa de 5,02 por cento, liderando a ponta negativa do Ibovespa, após o JPMorgan reduzir a recomendação para as ações da empresa para "neutra", ante "overweight", e reduzir o preço-alvo do papel para 12 reais ante 14 reais anteriormente.

- LOJAS RENNER ON perdeu 2,18 por cento. A varejista reportou alta de 9,1 por cento nas vendas mesmas lojas no primeiro trimestre na comparação com igual período do ano passado, mas com queda na margem. Para os analistas da corretora Brasil Plural, o resultado mostrou uma erosão da margem bruta maior do que a esperada.

- FIBRIA ON fechou em baixa de 0,41 por cento, mas longe das mínimas da sessão, quando perdeu quase 3 por cento. A maior produtora de celulose de eucalipto do mundo teve lucro líquido de 329 milhões de reais no primeiro trimestre, abaixo do lucro de 978 milhões em igual etapa de 2016. O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês) no período somou 644 milhões.

- PETROBRAS PN caiu 2,37 por cento e PETROBRAS ON cedeu 1,77 por cento, em sessão de volatilidade para os papéis, diante das oscilações dos preços do petróleo no mercado internacional. A commodity encerrou a sessão sem direção única, após dados mostrarem queda maior que o esperado nos estoques norte-americanos, o que encorajou algum movimento de compra após diversos dias de vendas e preocupações com a persistência do excesso de oferta. [O/R]

- VALE PNA perdeu 1,98 por cento e VALE ON teve queda de 2,19 por cento, apesar da leve alta nos contratos futuros do minério de ferro na China.

- USIMINAS PNA ganhou 5,43 e CSN ON subiu 4,20 por cento e por cento, as duas maiores altas do Ibovespa, com investidores à espera da assembleia da Usiminas, marcada para quinta-feira, que pode eleger membros do conselho de administração da empresa.

- SANTANDER UNIT subiu 1,41 por cento, após reportar lucro líquido gerencial de 2,28 bilhões no primeiro trimestre, o maior de sua história e 37,3 por cento acima do verificado um ano antes.

- WEG ON avançou 3,48 por cento, após a empresa reportar balanço do primeiro trimestre e dizer que vê tendência de normalização gradual do ambiente de negócios no Brasil, após um período difícil. A fabricante de motores elétricos e tintas industriais teve lucro líquido de 257,7 milhões de reais nos três primeiros meses do ano, 8,7 por cento abaixo de igual etapa do ano passado.

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