Eleições pesam e Ibovespa não acompanha recuperação no exterior
Índices americanos S&P 500 e Dow Jones sobem após de seis pregões seguidos de queda
Guilherme Guilherme
Publicado em 28 de setembro de 2022 às 10h25.
Última atualização em 28 de setembro de 2022 às 17h24.
O dia foi morno para o Ibovespa , que encerrou esta quarta-feira, 28, no zero a zero, sem conseguir acompanhar a toada de recuperação no exterior. Por aqui, pesou negativamente a proximidade do primeiro turno das eleições, que ocorre no domingo, 2. Com o pleito se aproximando, investidores preferem não correr riscos.
- Ibovespa : + 0,07%, 108.451 pontos
A principal prejudicada foi a Petrobras (PETR3/PETR4), cujas ações seguraram a alta do Ibovespa mesmo em dia de forte alta para o petróleo no mercado internacional. Investidores temem interferências na estatal após o pleito do domingo, e as ações, em reação, caíram cerca de 1%.
- Petrobras (PETR4): - 1,01%
- Petrobras (PETR3): - 0,40%
O ritmo insosso do Ibovespa contrastou com as fortes altas no mercado internacional, que se recuperou após turbilhão de perdas nos últimos dias. Os índices americanos S&P 500 e o Dow Jones tiveram o primeiro dia de alta em sete pregões, de olho no Reino Unido.
Por lá, os mercados têm enfrentado turbulência desde que o governo anunciou um novo pacote fiscal que alimentou as preocupações com a inflação. O movimento de aversão a risco, porém, perdeu força hoje após o Banco da Inglaterra intervir no mercado da dívida pública esta manhã, estabilizando a libra.
- Dow Jones (Nova York): + 1,88%
- S&P 500 (Nova York): + 1,97%
- Nasdaq (Nova York): + 2,05%
No Brasil, a moeda americana saltou mais de 10 centavos desde o início da semana, mas, nesta quarta, acompanhou o movimento de aversão a risco e caiu contra o real.
- Dólar comercial: - 0,50%, a R$ 5,350
Destaques de ações
Na bolsa, o grande destaque do dia foram as ações da Cyrela (CYRE3), que saltaram mais de 8% após o Itaú BBA elevar a recomendação do papel para compra. O preço-alvo é de R$ 22, o que pressupõe um potencial de valorização (upside) de 37% frente ao último fechamento.
O relatório lista três principais razões (ou assimetrias positivas) para a compra de Cyrela. “Há um prêmio de risco significativo implícito na curva de juros e pouco espaço para mais deterioração do microambiente”, escreveram os analistas.
A alta também puxou para cima outro papel do setor, o da MRV (MRVE3).
- Cyrela (CYRE3): + 8,15%
- MRV (MRVE3): + 7,52%
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