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Ibovespa fecha em alta antes de decisão do Copom

Expectativas do mercado são de que o ritmo de cortes da Selic diminua para 0,25 ponto percentual

Ibovespa: mercado aguarda decisão do Copom (Germano Luders/Exame)

Ibovespa: mercado aguarda decisão do Copom (Germano Luders/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 8 de maio de 2024 às 10h47.

Última atualização em 8 de maio de 2024 às 17h40.

O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, fechou o pregão desta quarta-feira, 8, alta de 0,21%, a 129.491 pontos. A alta ocorre antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para esta noite.

Ibovespa hoje

IBOV: +0,21% aos 129.481 pontos

As expectativas do mercado é que o ritmo de cortes da Selic diminua e passe a ser de 0,25 ponto percentual (p.p.). Isso porque as últimas declarações do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, instalaram uma certa incerteza no mercado.

Em meados de abril, o presidente foi claro em afirmar que as incertezas na economia do Brasil haviam aumentado. Segundo ele, a maior parte dessa incerteza, que afetou o preço dos ativos no Brasil, decorre da interpretação de que a queda de juros nos Estados Unidos deve ocorrer no fim do ano ou ficar para 2025. E, em menor parte, a piora do ambiente no Brasil decorre da mudança da meta fiscal.

Já no cenário internacional, pesa o fato do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) manter os juros em níveis mais altos por períodos prolongados. Ontem, o presidente do Fed de Minneapolis, ao contrário de outros dirigentes locais que seguiram o discurso mais ameno do presidente Jerome Powell, disse que os dados recentes de inflação levantam questões se a política monetária está suficientemente restritiva.

Risco fiscal

Notícias recentes apontam que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome prevê destinar ao menos R$ 1,3 bilhão às ações no Rio Grande do Sul. Desse montante, cerca de R$ 350 milhões devem ser liberados por meio de crédito extraordinário. Com isso, o mercado também acompanha um possível rombo no orçamento público.

“Investidores seguem de olho no impacto fiscal relacionado às medidas que o governo está firmando para ajudar o Rio Grande do Sul. Mas não só o impacto fiscal está em pauta, como também os reflexos que poderão ser vistos para a população em geral, no que tange ao desabastecimento, produção e escassez de muitos ativos que podem ocasionar em uma pressão inflacionária”, aponta Marcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX Banco de Câmbio.

Balanços

Agenda cheia na temporada de balanços. Após o fechamento da sessão, o mercado acompanha a divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2024 de: 3R Petroleum (RRRP3), Banco do Brasil (BBAS3), Braskem (BRKM5), Cogna (COGN3), Copel (CPLE6), Dexco (DXCO3), Eletrobras (ELET3), Energisa (ENGI11), Minerva (BEEF3) e MRV (MRVE3). Além desses, destaques para as varejistas, que reportam hoje, em peso, seus números: Arezzo (ARZZ3), Casas Bahia (BHIA3), Grupo Soma (SOMA3) e Lojas Renner (LREN3).

Antes da abertura, Ambev (ABEV3) já reportou seus resultados. A companhia registrou lucro líquido consolidado de R$ 3,804 bilhões no primeiro trimestre de 2024, queda de 0,4% em relação ao mesmo período de 2023. O lucro líquido ajustado, de R$ 3,817 bilhões, também mostrou um recuo de 0,6% ante o mesmo período de 2023. O Lucro por Ação (LPA) se manteve estável em R$ 0,24, assim como o LPA ajustado em R$ 0,23. A receita líquida consolidada foi de R$ 20,27 bilhões, queda de 1,2% frente os R$ 20,53 bilhões do 1T23. Com isso, as ações figuravam entre as maiores quedas na abertura do pregão, recuando 3,41%.

Entre os destaques de queda ainda estiveram as ações da dona da Vivo (VIVT3), que caíram 5,63% com investidores reagindo negativamente ao balanço. O lucro líquido da companhia foi de R$ 896 milhões no primeiro trimestre, um resultado 7,3% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, porém 15% abaixo das expectativas de mercado, segundo a Bloomberg. A receita operacional líquida cresceu 6,5%, alcançando R$ 13.546 bilhões.

Na ponta positiva, a BRF (BRFS3) disparou 11,17%, depois de o balanço do primeiro trimestre ter superado as estimativas. No primeiro trimestre, a BRF reportou lucro líquido de R$ 594 milhões e geração de caixa livre de R$ 844 milhões. O consenso de mercado era de algo na casa de R$ 374 milhões na última linha do balanço. A Marfrig (MRFG3), sua controladora, subiu 11,18%.

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