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Ibovespa zera perdas e passa a acompanhar alta em NY

Alívio fiscal segue beneficiando mercado de câmbio, com o dólar em seu quarto dia de queda

Painel de cotações da B3 | Foto Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 25 de agosto de 2021 às 09h20.

Última atualização em 25 de agosto de 2021 às 17h09.

Após operar em queda pela maior parte do pregão desta quarta-feira, 25, o Ibovespa entrou no campo positivo a pouco mais de uma hora para o fim da sessão no mercado à vista. Às 15,38, o principal índice da B3 subia 0,10% para 120.325 pontos.

O movimento passa a acompanhar o das bolsas de Nova York, operam em leves altas, renovando máximas históricas, com investidores ainda à espera do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, no Simpósio de Jackson Hole, nesta sexta-feira, 27.

No mercado brasileiro, investidores seguem repercutindo a melhora da percepção fiscal após o presidente da Câmara, Arthur Lira, ter dito ontem que a solução para os precatórios não vai romper o teto de gastos. O dólar cai 0,94% para 5,213 reais. Este é o quarto pregão de valorização do real. 

Entre as maiores altas, os papéis da Suzano (SUZB3) sobem 4,23% e lideram as altas do pregão. As ações já haviam subido 2,73% na véspera após o Morgan Stanley ter elevado a recomendação no papel para compra.

As ações da Cyrela (CYRE3), que dispararam mais de 10% no último pregão, após recomendação do Bradesco BBI, volta a apresentarforte valorização, subindo 3,3%.

Na ponta negativa, as ações das Americanas (AMER3), que foram destaque de valorização na véspera, chegaram a cair mais de 4%, antes de recuperarem parte das perdas, com a melhora do mercado local nesta tarde. Na lanterna do Ibovespa os papéis Banco Inter (BIDI11) cai 4,2%;

IPCA

Nesta quarta, o mercado também digere dados de inflação acima do esperado.  Divulgado nesta manhã pelo IBGE, o IPCA-15, indicador considerado a prévia da inflação, cresceu 0,89% em agosto, acima do esperado pelos economistas. O valor foi o maior registrado para o mês desde 2002. Com isso, o índice acumula alta de 5,81% no ano e de 9,3% em 12 meses.

“Este é o pior resultado anual desde maio de 2016 e deixa claro que teremos ainda preocupações inflacionárias por mais algum tempo”, afirma, em nota, o economista-chefe da Necton Investimentos André Perfeito. O economista alerta que os dados devem levar a um aumento de 125 pontos base na taxa básica de juros, a Selic, já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em setembro. Isso levaria a Selic para o patamar de 6,5% ao ano.

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