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Ibovespa firma queda em meio a tensões domésticas e externas

Índice foi pressionado pelo tombo da petrolífera OGX e também por preocupações com tensões políticas no exterior

A açõa da OGX, do grupo EBX, de Eike Batista, mais uma vez era o destaque de queda do Ibovespa, afundando mais de 17 % (VEJA SÃO PAULO)
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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2013 às 18h00.

São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa voltou para o campo negativo na tarde desta quarta-feira, mais uma vez pressionado pelo tombo da petrolífera OGX, marcado também por preocupações com tensões políticas no exterior.

Às 16h57, o Ibovespa perdia 1,16 %, a 44.705 pontos, numa sessão volátil, após ter derretido 4,24 % na véspera. O giro financeiro do pregão era de 6,8 bilhões de reais.

"O sentimento de aversão a risco continua forte no mercado", disse o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba.

Após chegar a ensaiar uma recuperação no início da tarde, o mercado brasileiro voltou a piorar após o fechamento antecipado de Wall Street, às 14h (horário de Brasília), em preparação para o feriado do Dia da Indepência nos Estados Unidos na quinta-feira.

A ausência de investidores estrangeiros contribuía para reduzir a liquidez do pregão na Bovespa nesta tarde, segundo operadores, movimento que deve ser verificado também na quinta-feira. A expectativa é que os agentes mostrem pouco apetite para montar posições relevantes antes da divulgação do relatório de emprego (payroll) dos EUA na sexta-feira.

Nesta sessão, chamava atenção o comportamento atípico das ações da varejista B2W, que disparavam mais de 24 %, mais uma vez na contramão do mercado, com operadores citando movimentos de cobertura de posição vendida.

Já a ação da OGX, do grupo EBX, de Eike Batista, mais uma vez era o destaque de queda do índice, afundando mais de 17 %.

"A crise do grupo EBX é um fator que puxa o mercado para baixo, é um componente forte, mas não é só isso. Existe todo um mau humor do investidor com relação ao Brasil", disse o gerente de pesquisas do BB Investimentos, Nathaniel Cezimbra.

Segundo ele, o risco de rebaixamento de rating do Brasil, a perspectiva de crescimento menor com inflação em alta, o recuo da atividade industrial e a recente onda de protestos pelo país são fatores que contribuem para minar o apetite de investidores por ações locais.

Além das questões domésticas, Rocha, da Omar Camargo, citou ainda estresse adicional diante das preocupações com a instabilidade política no Egito e as tensões em Portugal.

Há pouco, o chefe das Forças Armadas do Egito suspendeu a Constituição do país e declarou efetivamente a remoção do presidente eleito, o islamista Mohamed Mursi.

Em Portugal, investidores temiam que a saída de duas autoridades de alto escalão do governo e a chance de novas renúncias possam inviabilizar a saída do país do resgate internacional. Esses receios fizeram o rendimento dos títulos do país disparar e a bolsa afundar mais de 5 % na sessão.

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São Paulo - O principal índice acionário da Bovespa voltou para o campo negativo na tarde desta quarta-feira, mais uma vez pressionado pelo tombo da petrolífera OGX, marcado também por preocupações com tensões políticas no exterior.

Às 16h57, o Ibovespa perdia 1,16 %, a 44.705 pontos, numa sessão volátil, após ter derretido 4,24 % na véspera. O giro financeiro do pregão era de 6,8 bilhões de reais.

"O sentimento de aversão a risco continua forte no mercado", disse o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba.

Após chegar a ensaiar uma recuperação no início da tarde, o mercado brasileiro voltou a piorar após o fechamento antecipado de Wall Street, às 14h (horário de Brasília), em preparação para o feriado do Dia da Indepência nos Estados Unidos na quinta-feira.

A ausência de investidores estrangeiros contribuía para reduzir a liquidez do pregão na Bovespa nesta tarde, segundo operadores, movimento que deve ser verificado também na quinta-feira. A expectativa é que os agentes mostrem pouco apetite para montar posições relevantes antes da divulgação do relatório de emprego (payroll) dos EUA na sexta-feira.

Nesta sessão, chamava atenção o comportamento atípico das ações da varejista B2W, que disparavam mais de 24 %, mais uma vez na contramão do mercado, com operadores citando movimentos de cobertura de posição vendida.

Já a ação da OGX, do grupo EBX, de Eike Batista, mais uma vez era o destaque de queda do índice, afundando mais de 17 %.

"A crise do grupo EBX é um fator que puxa o mercado para baixo, é um componente forte, mas não é só isso. Existe todo um mau humor do investidor com relação ao Brasil", disse o gerente de pesquisas do BB Investimentos, Nathaniel Cezimbra.

Segundo ele, o risco de rebaixamento de rating do Brasil, a perspectiva de crescimento menor com inflação em alta, o recuo da atividade industrial e a recente onda de protestos pelo país são fatores que contribuem para minar o apetite de investidores por ações locais.

Além das questões domésticas, Rocha, da Omar Camargo, citou ainda estresse adicional diante das preocupações com a instabilidade política no Egito e as tensões em Portugal.

Há pouco, o chefe das Forças Armadas do Egito suspendeu a Constituição do país e declarou efetivamente a remoção do presidente eleito, o islamista Mohamed Mursi.

Em Portugal, investidores temiam que a saída de duas autoridades de alto escalão do governo e a chance de novas renúncias possam inviabilizar a saída do país do resgate internacional. Esses receios fizeram o rendimento dos títulos do país disparar e a bolsa afundar mais de 5 % na sessão.

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