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Ibovespa fecha no vermelho pelo 6º pregão

O mercado está mais pessimista para o avanço de reformas em meio a negociações do governo para barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer

B3: "A bolsa não tem muito porque andar esta semana" (Facebook/B3/Reprodução)
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Reuters

Publicado em 28 de setembro de 2017 às 18h29.

São Paulo - A bolsa paulista ensaiou uma reação, mas o tom negativo prevaleceu e o Ibovespa fechou esta quinta-feira no vermelho pelo sexto pregão seguido, diante de um cenário interno mais pessimista para avanço de reformas em meio a negociações do governo para barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer.

O Ibovespa fechou em queda de 0,31 por cento, a 73.567 pontos, com perda de 3,21 por cento em seis pregões. O giro financeiro somou 8,6 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 10,1 bilhões de reais.

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O índice mudou de sinal algumas vezes, indo de alta de 0,29 por cento na máxima à queda de 0,84 por cento na mínima, sem um noticiário com força suficiente para dar direção ao mercado.

Após uma sequência de altas que o levou na semana passada a superar o recorde de 76 mil pontos, o Ibovespa iniciou tem passado por um processo de ajuste, uma vez que o cenário político não mostra sinais mais contundentes de melhora.

"A bolsa não tem muito porque andar esta semana, é um movimento de realização mesmo e a espera por um fluxo de notícia melhor", disse o sócio da Eleven Financial Rafael Bevilacqua, para quem o cenário de médio e longo prazo ainda é positivo.

Desdobramentos recentes no Congresso, como a demonstração de descontentamento da bancada de deputados de Minas Gerais com o leilão de hidrelétricas da Cemig e o placar apertado da votação da medida que garantiu foro privilegiado a Moreira Franco ajudaram a aumentar os receios em relação a quanto o governo terá de ceder em suas propostas de reformas, incluindo a da Previdência, para barrar a denúncia contra Temer.

Mais cedo pesquisa CNI/Ibope indicou que a reprovação ao governo Temer subiu a 77 por cento em setembro, ante 70 por cento que consideravam o governo ruim ou péssimo em julho.

Destaques

- FIBRIA ON ganhou 7,13 por cento e SUZANO PNA avançou 5,15 por cento. Analistas do Credit Suisse subiram o preço-alvo das ações, prevendo que o preço da celulose deve subir mais no quarto trimestre e seguir mais forte que o esperado em 2018. Na véspera, o presidente da Eldorado, José Carlos Grubisich, previu que os preços da matéria-prima do papel deverão continuar subindo nos próximos meses diante da demanda ainda forte e estoques contidos.

- PETROBRAS PN subiu 0,2 por cento e PETROBRAS ON teve alta de 0,19 por cento, apesar da migração dos preços do petróleo no mercado internacional para o território negativo. A aprovação do conselho de administração da petroleira do registro de oferta pública e de companhia aberta da BR Distribuidora foi citada por operadores.

- VALE ON caiu 0,56 por cento, em linha com o movimento dos contratos futuros do minério de ferro na China nesta sessão.

- USIMINAS PNA, teve baixa de 4,77 por cento, liderando a ponta negativa do índice. GERDAU PN e CSN ON perderam 2,69 e 2,05 por cento, respectivamente. Os papéis das siderúrgicas também reagiram às baixas dos contratos futuros do minério de ferro e do aço na China.

- CAMIL ON, que estreou nesta quinta-feira na bolsa, fechou negociada a 8,99 reais, praticamente estável ante a precificação do IPO, de 9 reais.

- OI ON subiu 0,99 por cento e OI PN teve alta de 0,56 por cento, após informação de que a Justiça aceitou o pedido da empresa para adiar a assembleia de credores para 23 de outubro, além da decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de adiar a análise prevista para esta quinta-feira sobre o pedido de abertura do processo de cassação da concessão da operadora.

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