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Ibovespa tem 1ª queda semanal desde setembro com realização de lucro

Índice de referência do mercado acionário brasileiro encerrou com variação positiva de 0,02%, a 85.641,21 pontos

Ibovespa: na semana, índice acumulou queda de 3,1% (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

Ibovespa: na semana, índice acumulou queda de 3,1% (Cris Faga/NurPhoto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 18h08.

Última atualização em 9 de novembro de 2018 às 18h45.

São Paulo - O Ibovespa fechou quase estável nesta sexta-feira, 9, anulando no final do pregão as perdas que chegaram a quase 2 por cento no pior momento, em sessão com noticiário intenso, incluindo uma bateria de balanços locais e declarações do presidente eleito no México, mas a recuperação não foi suficiente para impedir a primeira perda semanal desde o final de setembro.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,02 por cento, a 85.641,21 pontos. O volume financeiro somou 16 bilhões de reais. Na semana, o Ibovespa acumulou queda de 3,1 por cento, encerrando uma série de cinco semanas com ganhos acumulados.

Preocupações com o crescimento global, um dia após o banco central dos Estados Unidos reiterar seu plano de aperto gradual da política monetária norte-americana, endossaram uma correção negativa nos mercados acionários no exterior, que contagiou o pregão brasileiro no final da manhã, fazendo o Ibovespa a cair 1,86 por cento no pior momento, a 84.030,36 pontos. Em Wall Street, o S&P 500 perdia 0,9 por cento no final do pregão, também se afastando das mínimas do dia.

De acordo com o gestor Frederico Mesnik, sócio-fundador da Trígono Capital, a bolsa local foi contaminada pelo viés mais vendedor em Nova York, em razão de preocupações com uma eventual aceleração no ritmo de alta dos juros nos EUA. "Ao mesmo tempo, não houve fatos novos sobre a transição de governo, principalmente em relação às reformas", disse.

De acordo com profissionais da área de renda variável, tal cenário abriu espaço para movimentos de realização de lucros, depois que o Ibovespa subiu 10,2 por cento apenas em outubro.

Mesnik ressaltou, contudo, que dadas as expectativas ainda positivas para a administração do presidente eleito Jair Bolsonaro, com apostas de um governo reformista e liberal, quedas mais bruscas podem acabar servindo como oportunidade de compras.

Os operadores e gestores ouvidos também citaram efeitos positivos de declarações do presidente eleito do México, Andres Manuel López Obrador, de que não vai propor mudanças nas leis bancárias durante os três primeiros anos de sua administração, como outro componente para a melhora no Brasil, que assim como o México, pertence ao grupo de emergentes.

Destaques

- BANCO DO BRASIL fechou em alta de 2,22 por cento, com bancos melhorando o desempenho no final e puxando a recuperação do Ibovespa, favorecidos pelo noticiário no México nesta sessão, após sinalizações na véspera de parlamentares ligados ao presidente eleito no sentido de aplicar restrições aos bancos daquele país. ITAÚ UNIBANCO PN avançou 1,26 por cento, BRADESCO PN subiu 1,48 por cento e SANTANDER BRASIL UNIT ganhou 1,91 por cento.

- VALE caiu 4,16 por cento, respondendo por relevante pressão negativa do Ibovespa dada a sua participação na composição da carteira, com os papéis contaminados pelo viés externo desfavorável, que derrubou ações de outras mineradoras na Europa por preocupações com o crescimento da China.

- PETROBRAS PN encerrou com acréscimo de 0,43 por cento, também revertendo as perdas no final do dia, marcado pelo declínio do petróleo no exterior. PETROBRAS ON caiu 0,39 por cento, também se afastando das mínimas da sessão.

- NATURA saltou 8,81 por cento, após a fabricante de cosméticos divulgar na véspera lucro líquido consolidado de 132,8 milhões de reais no terceiro trimestre, mais que o dobro do resultado de um ano antes, impulsionado por despesas financeiras menores e firme resultado operacional.

- KROTON caiu 4,61 por cento, uma vez que a companhia de ensino teve queda de 16,9 por cento no lucro líquido ajustado do terceiro trimestre, pressionada pelo aumento dos níveis de depreciação derivado dos investimentos maiores, bem como por queda na receita e despesas mais altas.

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