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Ibovespa fecha em queda com Wall Street e bancos

O Ibovespa caiu 0,59 por cento, a 86.383 pontos. O volume financeiro do pregão somou 9,09 bilhões de reais

Ibovespa: nas duas sessões anteriores, o índice havia acumulado alta de 2,25 por cento (Simon Dawson/Reuters)

Ibovespa: nas duas sessões anteriores, o índice havia acumulado alta de 2,25 por cento (Simon Dawson/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2018 às 17h06.

Última atualização em 13 de março de 2018 às 17h32.

São Paulo - O principal índice de ações da B3 fechou em queda nesta terça-feira, após dois pregões seguidos de alta, acompanhando o viés negativo em Wall Street e com as ações de bancos entre as maiores pressões de baixa nesta sessão.

O Ibovespa caiu 0,59 por cento, a 86.383 pontos. O volume financeiro do pregão somou 9,09 bilhões de reais. Nas duas sessões anteriores, o índice havia acumulado alta de 2,25 por cento.

"O mercado local acompanhou o movimento externo, com uma leve realização (de lucros)", afirmou o gestor Joaquim Kokudai, sócio na JPP Capital. Ele também destacou que o Ibovespa está próximo das máximas históricas.

O Ibovespa atingiu recorde de pontuação no último dia 26 de fevereiro, quando fechou a 87.652 pontos e atingiu no melhor momento do dia 88.317 pontos.

Em Wall Street, o S&P 500 recuou 0,6 por cento, conforme prevaleceu o clima de incertezas após demissão do secretário de Estado, Rex Tillerson, apesar de dados benignos da inflação norte-americana.

Destaques

- BRADESCO PN perdeu 1,44 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN cedeu 0,81 por cento, após ganhos acumulados de 2,95 por cento e 2,5 por cento, respectivamente, nas duas sessões anteriores. O setor bancário do índice como um todo encerrou em queda, sendo que apenas esses dois papéis respondem por quase 20 por cento do Ibovespa.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíram 0,99 e 0,96 por cento, respectivamente, acompanhando o declínio nos preços do petróleo no exterior. Agentes financeiros também seguem na expectativa do resultado da petroleira previsto para esta semana e de um desfecho sobre a revisão do contrato da chamada cessão onerosa no pré-sal.

- VALE ON perdeu 0,78 por cento, revertendo os ganhos verificados mais cedo, em nova sessão negativa para os preços do minério de ferro na China.

- CEMIG PN perdeu 3,08 por cento, em sessão negativa para o setor elétrico, tendo ainda no radar notícia do jornal O Estado de S.Paulo de que o empresário Marcos Valério Fernandes assinou acordo de delação premiada com a Polícia Civil de Minas Gerais. De acordo com a polícia mineira, o acordo, que ainda precisa ser homologado, busca esclarecer investigações de corrupção em empresas estatais, incluindo a Cemig.

- ESTÁCIO ON fechou com elevação de 3,41 por cento, em nova sessão positiva. A companhia divulga resultado trimestral nesta semana. No setor, KROTON, que também apresenta seus números do quarto trimestre nesta semana, avançou 1,57 por cento.

- MRV ON avançou 2,79 por cento, após o conselho de administração aprovar dividendo extraordinário de 155 milhões de reais anunciado na semana passada, acompanhando a divulgação do resultado do quarto trimestre, considerado forte por analistas. A equipe do JPMorgan melhorou suas estimativas para a companhia e elevou o preço-alvo dos papéis de 18 para 20 reais.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE subiu 2,89 por cento, recuperando-se de perdas na véspera, conforme segue influenciada pelo noticiário relacionado a uma possível combinação de negócios com a FIBRIA, que recuou 0,46 por cento, após renovar máxima histórica intradia na véspera. O BNDESPar confirmou nesta terça-feira que recebeu proposta da holandesa Paper Excellence para aquisição de sua participação na Fibria. Também, analistas do Credit Suisse elevaram os preços-alvos de Fibria e Suzano.

 

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