Mercados

Ibovespa fecha em leve alta com agenda esvaziada

O Ibovespa fechou em alta de 0,23 por cento, a 85.443 pontos

Ibovespa: giro financeiro somou 8,8 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: giro financeiro somou 8,8 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera (Germano Lüders/Exame)

R

Reuters

Publicado em 12 de abril de 2018 às 17h09.

Última atualização em 12 de abril de 2018 às 18h10.

São Paulo - O principal índice acionário da B3 fechou em leve alta nesta quinta-feira, em dia de agenda econômica esvaziada, ganhando algum fôlego com a diminuição nas preocupações sobre as tensões geopolíticas no exterior, enquanto o cenário político local seguiu despertando cautela ajudando a limitar os ganhos.

O Ibovespa fechou em alta de 0,23 por cento, a 85.443 pontos. O giro financeiro somou 8,8 bilhões de reais, abaixo da média diária para o mês até a véspera, de 9,91 bilhões de reais e inferior também à média diária do ano, de 11,14 bilhões de reais.

Após o Ibovespa subir nos dois pregões anteriores e recuperar os 85 mil pontos, o mercado acionário local desacelerou o ritmo nesta sessão, à espera de novos gatilhos que possam impulsionar ganhos mais consistentes.

A sessão foi marcada por troca de sinal ao longo do dia, mas com o índice operando em uma margem estreita, indo de queda de 0,26 por cento na mínima a alta de 0,39 por cento na máxima da sessão.

Segundo operadores de renda variável, os desdobramentos do cenário eleitoral local estão entre os principais gatilhos para definir uma tendência para a bolsa nos próximos meses, com as incertezas causando volatilidade aos negócios.

"Vai ser importante saber quem serão os candidatos, seus planos de governo e a probabilidade de serem eleitos", disse o gestor de renda variável da Fator Administração de Recursos Obede Rodrigues.

No exterior, as tensões geopolíticas diminuíram nesta sessão após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, dizer que um ofensiva militar rápida contra a Síria em retaliação a um suposto ataque com armas químicas contra civis pode não ser iminente. As bolsas norte-americanas subiram, com o S&P 500 fechando em alta de 0,83 por cento.

Destaques

- ELETROBRAS ON e ELETROBRAS PNB subiram 3,16 por cento e 1,08 por cento, respectivamente, de olho nos passos em torno da privatização da empresa, após o novo ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, dizer que o governo federal publicará na quinta-feira decreto do presidente Michel Temer que inclui a Eletrobras no Programa Nacional de Desestatização (PND).

- ECORODOVIAS ON avançou 4,4 por cento, após o HSBC elevar o preço-alvo dos papéis para 11,70 reais, ante 10,90 reais, e melhorar a recomendação para compra, ante manutenção.

- PETROBRAS PN caiu 0,55 por cento e PETROBRAS ON ganhou 0,16 por cento, em dia também sem viés único para os preços do petróleo no mercado internacional, com o contrato do Brent fechando em leve baixa, enquanto o contrato nos Estados Unidos terminou a sessão em alta.

- BRADESCO PN caiu 1,81 por cento, tirando força do índice devido ao peso do papel em sua composição, com receios de uma eventual delação premiada do ex-ministro Antonio Palocci que poderia envolver o banco. Segundo o jornal O Globo, Palocci negocia com a Polícia Federal um acordo de delação no qual revelaria alguns dos principais clientes de sua empresa de consultoria, citando pelo menos dois bancos. Profissionais de renda variável acreditam que um desses bancos poderia ser o Bradesco.

- TELEFÔNICA BRASIL perdeu 3,01 por cento, a maior queda do índice, após analistas do JPMorgan cortarem a recomendação das ações para neutra ante overweight, reduzindo ainda o preço-alvo para 54 reais, de 58 reais.

 

(Edição de Gabriela Mello)

Acompanhe tudo sobre:B3Ibovespa

Mais de Mercados

Dólar vai subir mais? 3 fatores que explicam para onde vai a moeda

Dólar chega aos R$ 5,70 com mercado repercutindo falas de Lula

Cinco ações para investir no 2º semestre de 2024, segundo o BTG Pactual

Ibovespa tem leve alta, mas dólar volta a fechar na máxima do ano com Campos Neto e Lula no radar

Mais na Exame