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Ibovespa fecha em alta, no maior patamar em mais de 1 ano

O principal índice da Bovespa fechou em alta ganhando fôlego à tarde com o avanço de bancos e da mineradora Vale


	Bovespa: o Ibovespa subiu 0,63 por cento, a 54.598 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 0,63 por cento, a 54.598 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2016 às 17h54.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, na máxima em mais de um ano, ganhando fôlego na parte da tarde com o avanço das ações de bancos e da mineradora Vale, que prevaleceu sobre o declínio dos papéis da Petrobras.

O Ibovespa subiu 0,63 por cento, a 54.598 pontos, maior patamar de fechamento desde 25 de maio de 2015. Na mínima, pela manhã, o índice caiu quase 1 por cento. O volume financeiro do pregão somou 8,79 bilhões de reais.

Profissionais do mercado de renda variável não apontaram um fator específico para a melhora, mas citaram que a expectativa de novos estímulos econômicos no Reino Unido e no Japão e sinais positivos da economia norte-americana seguem alimentado o apetite por risco.

O banco central britânico anuncia na quinta-feira decisão sobre juros e a expectativa é de que leve os custos dos empréstimos para uma nova mínima.

Nos Estados Unidos, o Livro Bege do Federal Reserve mostrou que a economia norte-americana continuou expandindo de meados de maio até o final de junho, mas houve poucas indicações de que a inflação vai acelerar em breve.

No exterior, o preço do petróleo recuou fortemente pressionado por dados de estoques da commodity dos EUA, enquanto os principais índices acionários de Wall Street terminaram ao redor da estabilidade.

O foco no cenário local se voltou para a escolha do novo presidente da Câmara dos Deputados para suceder o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que renunciou em meio a diversas denúncias de corrupção e processo que pede a cassação de seu mandato. A votação para presidente da Câmara deve ocorrer na noite desta quarta-feira.

DESTAQUES

- ITAÚ UNIBANCO subiu 2,06 por cento e BRADESCO avançou 2,22 por cento. Contribuíram para o desempenho dos bancos dados divulgados pela Serasa Experian mostrando queda na inadimplência e a aprovação na Câmara dos Deputados, na véspera, de medida provisória que permite uso de parte dos recursos do FGTS e da multa rescisória como garantia de empréstimo consignado.

- JBS fechou com ganho de 4,6 por cento, no melhor desempenho do Ibovespa. Na véspera, o BTG Pactual disse que continuava "comprador" do papel entre outros do setor de alimentos, e que esperava melhora à frente das exportações de carne.

- BM&FBOVESPA subiu 2,25 por cento. O Bradesco BBI elevou a recomendação para as ações da bolsa paulista para "outperfom", citando que a empresa deve ser a principal beneficiária de uma potencial recuperação da atividade no mercado de capitais brasileiro, com o segmento de derivativos sendo a "cereja do bolo" após a integração das clearings, aguardada para o final do ano.

- VALE encerrou com as ações ordinárias em alta de 0,73 por cento e as preferenciais com acréscimo de 1,43 por cento.

- GERDAU fechou em alta de 4,52 por cento, após cair 6 por cento no pior momento da sessão, ao amargar derrota bilionária no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) acerca de quatro casos que tratam de questionamentos tributários de quase 4 bilhões de reais. O grupo disse acreditar na possibilidade de reversão do julgamento do Carf na Justiça e manterá postura de não fazer provisão para o caso.

- PETROBRAS encerrou com as ações ordinárias em queda de 2,26 por cento e as preferenciais com recuo de 0,19 por cento, afetadas pela queda dos preços do petróleo. Também no radar estava relatório do Barclays cortando a recomendação dos papéis ON para "underweight" ante "equal weight" e das PNs para "equal weight" ante "overweight".

- CEMIG caiu 4,92 por cento, após forte valorização recente, com o noticiário trazendo que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) recomendou ao Ministério de Minas e Energia negar pedido da Cemig GT de prorrogação da usina de Miranda por 20 anos, o que, segundo analistas, já era esperado.

Texto atualizado às 17h54
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