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Ibovespa fecha em alta de 0,8% com JBS liderando os ganhos

A cautela seguiu no radar, diante do cenário político e antes do começo do julgamento no TSE, nesta noite, que decidirá o futuro do Temer

B3: apesar da crise que atinge o Planalto, o mercado mantém a perspectiva de avanço nas reformas (Patricia Monteiro/Bloomberg)

B3: apesar da crise que atinge o Planalto, o mercado mantém a perspectiva de avanço nas reformas (Patricia Monteiro/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 6 de junho de 2017 às 18h18.

São Paulo  - O principal índice da bolsa paulista fechou em alta nesta terça-feira, com as ações da JBS liderando os ganhos após a empresa fechar a venda de operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para a Minerva .

No entanto, a cautela seguiu no radar, diante do cenário político conturbado e antes do começo do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta noite, que decidirá o futuro do presidente Michel Temer no cargo.

O Ibovespa fechou em alta de 0,81 por cento, a 62.954 pontos. O giro financeiro somou 6,66 bilhões de reais.

Além do julgamento no TSE, Temer enfrenta ainda um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de corrupção, obstrução à Justiça e organização criminosa, depois da gravação de uma conversa do presidente com o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS.

Apesar da crise que atinge o Planalto, o mercado mantém a perspectiva de avanço nas reformas, ainda que de forma mais lenta do que o esperado anteriormente e com algumas mudanças.

Desta forma, as atenções também estavam voltadas para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, à espera do início da votação da reforma trabalhista. Depois de três senadores de oposição terem lido seus votos em separado, a Comissão passou à fase de encaminhamento da votação do texto principal do relator, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES).

Destaques

- JBS ON subiu 8,37 por cento, tendo avançado 10,15 por cento no melhor momento da sessão, após a empresa anunciar a venda das operações de carne bovina na Argentina, Paraguai e Uruguai para a MINERVA , por 300 milhões de dólares. A Minerva, que não faz parte do Ibovespa, teve alta de 4,88 por cento.

- BANCO DO BRASIL ON teve o melhor desempenho entre os bancos, com alta de 2,86 por cento. O Morgan Stanley elevou o preço-alvo para as ações do banco estatal para 23 reais, ante 20 reais, com recomendação "underweight".

- ITAÚ UNIBANCO PN ganhou 1,61 por cento e BRADESCO PN avançou 1,34 por cento, ajudando o tom positivo do Ibovespa devido ao peso dos papéis em sua composição.

- BR MALLS ON avançou 4,06 por cento. A empresa negou nesta terça-feira que esteja em processo de fusão com a ALIANSCE , que não faz parte do Ibovespa e subiu 8,43 por cento.

- VALE PNA subiu 0,2 por cento e VALE ON ganhou 0,34 por cento, revertendo as perdas da véspera, apesar da fraqueza dos contratos futuros de minério de ferro na China.

- PETROBRAS PN fechou estável e PETROBRAS ON teve variação positiva de 0,07 por cento, devolvendo as perdas vistas mais cedo, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que reverteram as baixas anteriores e fecharam em alta após encontrarem suporte técnico abaixo dos 47 dólares o barril, sob pressão de um embate diplomático no Oriente Médio.

- SUZANO PAPEL E CELULOSE PNA caiu 2,45 por cento, após subir mais de 3 por cento na véspera, e FIBRIA ON recuou 2,01 por cento, nas maiores perdas do Ibovespa. Como pano de fundo estavam os dados do Foex divulgados nesta manhã que, segundo a equipe do Credit Suisse, mostraram queda de 0,12 por cento nos preços da celulose na China na comparação semanal, depois de 30 altas consecutivas. Na Europa, no entanto, os preços subiram 2,54 por cento, avançando por 21 semanas seguidas.

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