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Ibovespa fecha em alta de 0,5%; Qualicorp salta 12%

A Bovespa fechou o pregão de hoje no azul, com papéis do setor de infraestrutura e o salto da ação da Qualicorp entre os destaques positivos


	Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,52%
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: de acordo com dados preliminares, o Ibovespa subiu 0,52% (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 18h07.

São Paulo - A Bovespa fechou o primeiro pregão do mês no azul, com papéis ligados ao setor de infraestrutura entre os destaques positivos, assim como Qualicorp, após a empresa administradora de planos de saúde negar envolvimento de seu fundador em operação da Polícia Federal sobre lavagem de dinheiro.

O principal índice da bolsa paulista, o Ibovespa, subiu 0,51 por cento, a 53.031 pontos. O volume financeiro somou 5,3 bilhões de reais.

Wall Street teve uma sessão volátil, em meio a dados econômicos divergentes, mas o S&P 500 encerrou com acréscimo de 0,2 por cento, ajudando o fechamento positivo no Brasil.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial e do HSBC/Markit sobre o setor industrial da China também estiveram no radar, assim, como a possibilidade de o governo chinês ampliar programa de swap de dívida pública de governos locais.

A falta de consenso nas arrastadas negociações sobre a dívida grega também afetaram os negócios nesta segunda-feira, disse operador Alexandre Soares da Gradual Investimentos, deixando a Bovespa "de lado", assim como outros mercados, enquanto são aguardados novos desdobramentos.

DESTAQUES

=QUALICORP disparou 13,16 por cento, após despencar quase 20 por cento no pregão anterior, com a empresa negando envolvimento do presidente do Conselho de Administração e fundador, José Seripieri Filho, em operação da Polícia Federal de combate à lavagem de dinheiro.

=ELETROBRAS também foi destaque entre os ganhos, com as ações ordinárias saltando 6,2 por cento, em meio à recuperação técnica, após dois pregões de fortes quedas por ajustes a mudanças no índice MSCI Brasil. As ações da estatal vêm sendo influenciados por expectativas relacionadas a vendas de ativos da companhia. (http://bit.ly/1SR88hN) =TRACTEBEL e CEMIG subiram cerca de 3 por cento, em dia de forte recuperação em ações de elétricas em geral, com o índice do setor avançando 1,94 por cento, com profissionais do mercado citando perspectivas menos pessimistas quanto a eventual racionamento de energia.

=RUMO ALL e ECORODOVIAS subiram 4,8 e 3,6 por cento, respectivamente. Estratégia de ações do BTG Pactual destacou potencial efeito positivo de novo pacote de investimentos em infraestrutura pelo governo, aguardado para este mês.

=PETROBRAS terminou com as preferenciais em alta de 0,32 por cento, após a estatal lançar bônus de 100 anos, com yield de 8,45 por cento, na primeira investida da companhia no mercado internacional de capitais desde o estouro da Operação Lava Jato. Também repercutiu notícia da Folha de S.Paulo do fim de semana de que a companhia pode colocar à venda parte dos campos de petróleo que possui no golfo do México.

=JBS fechou em alta de 4,17 por cento, recuperando-se da forte queda da sexta-feira e ajudando na abertura positiva de junho no pregão paulista. A Comissão de Concorrência Econômica Federal do México aprovou a aquisição sem restrições das operações mexicanas da Tyson Foods pela Pilgrim's Pride, uma subsidiária norte-americana da JBS, informou a companhia brasileira nesta segunda-feira.

=BM&FBovespa também reagiu após dois pregões de perdas, terminando com valorização de 3,38 por cento, mesmo após maio ter registrado queda do giro médio diário da bolsa frente a abril, a 7,2 bilhões de reais. Na comparação anual, contudo, houve melhora nos dados.

=SUZANO PAPEL E CELULOSE figurou na ponta negativa, com declínio de mais de 2 por cento, com a alta do dólar ante o real dando uma trégua e abrindo espaço para realização de lucros nos papéis, que acumulam em 2015 ganhos ao redor de 46 por cento.

=LOJAS RENNER caiu mais de 1 por cento, em sessão de perdas em vários papéis ligados a consumo, com pesquisa Focus do Banco Central mostrando aumento nas projeções para a taxa básica de juros no final deste ano para 14 por cento.

Texto atualizado às 18h07

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