Mercados

Ibovespa fecha em alta com salto de Petrobras

O Ibovespa fechou em forte alta após renovar a pontuação mínima em quase sete anos na véspera


	Bovespa: o Ibovespa subiu 2,34 por cento, a 38.376 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 2,34 por cento, a 38.376 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 18h41.

São Paulo - A Bovespa fechou em forte alta nesta quarta-feira, após renovar mínima em quase sete anos na véspera, com as ações de Petrobras disparando conforme os preços do petróleo avançaram pela segunda sessão consecutiva.

O enfraquecimento dos pregões em Nova York após comunicado do banco central norte-americano sobre decisão de juros afastou o principal índice da bolsa paulista das máximas, enquanto o noticiário corporativo local teve efeito misto.

O Ibovespa subiu 2,34 por cento, a 38.376 pontos, o maior ganho desde 9 de dezembro do ano passado. Na máxima da sessão, a alta foi de 3,4 por cento. O volume financeiro do pregão somou 6,23 bilhões de reais.

As cotações do petróleo assumiram viés ascendente à tarde, após a Administração de Informações de Energia (AIE) dos EUA mostrar queda dos estoques de combustíveis derivados, o que inclui diesel e óleo combustível.

As bolsas em Nova York seguiram a melhora do petróleo, com resultados corporativos no radar, mas perderam fôlego após o Federal Reserve optar pela manutenção dos juros e citar atenção à turbulência recente nos mercados.

Da cena doméstica, também repercutiu a nova fase da operação Lava Jato da Polícia Federal.

DESTAQUES

- PETROBRAS fechou com as preferenciais em alta de 8,81 por cento e as ações ordinárias saltando 9,73 cento, conforme as cotações do petróleo avançavam fortemente no exterior, com o barril de Brent rondando 33 dólares.

- CEMIG disparou 10,34 por cento, após a Justiça suspender liminar que impedia início da operação da hidrelétrica de Belo Monte, que tem a estatal mineira como sócia. Fora do Ibovespa, ELETROBRAS PNB, outra sócia no empreendimento, saltou 9,07 por cento.

- VALE encerrou com as preferenciais de classe A e as ordinárias subindo 5,28 e 5,14 por cento, respectivamente, revertendo perdas iniciais, em sessão com alta dos preços do minério de ferro à vista na China <.IO62-CNI=SI>.

- FIBRIA, que divulga resultado após o fechamento, ganhou 2,16 por cento. Estimativas compiladas pela Reuters apontam Ebitda ajustado de 1,65 bilhão de reais de outubro a dezembro.

- SANTANDER BRASIL subiu 0,55 por cento, mesmo após analistas considerarem fraco o resultado do quarto trimestre, quando o banco obteve lucro líquido recorrente de 1,6 bilhão de reais.

- ITAÚ UNIBANCO subiu 0,38 por cento e BRADESCO ganhou 1,22 por cento, em dia de dados de crédito considerados negativos por analistas. O Credit Suisse reiterou recomendação "underperform" para o setor.

- BANCO DO BRASIL perdeu 1,47 por cento, com apreensões sobre o uso da banco para estimular a economia. Duas fontes de alto escalão do governo afirmaram à Reuters que o governo federal pode liberar até 60 bilhões de reais em crédito por meio de bancos públicos e do FGTS para tal fim.

- JBS desabou 14,7 por cento, destaque na ponta negativa, ainda pressionada por denúncia do Ministério Público em São Paulo contra executivos da holding J&F, que controla a empresa, por crime contra o sistema financeiro.

- KROTON EDUCACIONAL caiu 1,88 por cento, após queda de 30 por cento no número de vagas que a empresa pode oferecer via Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no primeiro semestre em relação a igual período de 2015. ESTÁCIO PARTICIPAÇÕES subiu 0,75 por cento após alta de 5 por cento na oferta disponível dentro do Fies.

Texto atualizado às 19h41

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiro

Mais de Mercados

Nasdaq cai 2,4% puxado por Intel e Amazon e aprofunda correção

Ibovespa cai 1,2% com pessimismo nos EUA e volta aos 125 mil pontos

Payroll, repercussão de balanços das big techs e produção industrial no Brasil: o que move o mercado

Mercado amanhece tenso e ações no Japão têm pior dia desde 2016

Mais na Exame