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Ibovespa fecha em alta com bancos e Petrobras

O índice fechou o dia em alta, com dados do mercado de trabalho dos EUA mais fracos que o esperado e ações da Petrobras e bancos


	Bovespa: Ibovespa subiu 0,59%, a 53.066 pontos, segundo dados preliminares
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: Ibovespa subiu 0,59%, a 53.066 pontos, segundo dados preliminares (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 18h02.

São  - O principal índice da Bovespa fechou a quinta-feira em alta, com dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos mais fracos do que o esperado em destaque no cenário externo, enquanto o noticiário corporativo dominou os holofotes no fronte doméstico.

O Ibovespa subiu 0,66 por cento, a 53.106 pontos. O volume financeiro somou 5,46 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, o Departamento do Trabalho divulgou a criação de 223 mil vagas fora do setor agrícola em junho, abaixo do esperado, além da revisão de números de maio.

"Os dados de emprego de junho foram saudáveis, porém não robustos o suficiente para levar o mercado a elevar a probabilidade de uma alta de juros já em setembro", destacou a gestora de recursos Icatu Vanguarda, em nota a clientes.

Wall Street, contudo, fechou ligeiramente em queda, em pregão realizado em véspera de feriado no país. O movimento ocorreu por cautela ante a eventuais desdobramentos na crise grega, com referendo na Grécia no domingo sobre os termos do resgate internacional.

DESTAQUES

=JBS valorizou-se 1,89 por cento após anunciar compra da unidade de suínos da Cargill nos EUA por 1,45 bilhão de dólares, operação na qual projeta sinergia de pelo menos 75 milhões de dólares. O JPMorgan avaliou que a aquisição como estratégica, podendo agregar mais de 5 por cento no lucro por ação, além de sinergias e vantagens tributárias.

=ITAÚ UNIBANCO e BRADESCO subiram 1,34 e 1,83 por cento, respectivamente, respondendo por relevante contribuição positiva no índice dado o peso que ambos detêm no Ibovespa. O movimento ocorreu apesar de comentários negativos sobre o setor emitidos pelo Credit Suisse em relatório nesta quinta-feira. O texto chamou atenção para prolongamento do cenário macroeconômico ruim e como isso tem afetado as empresas, pessoas e, consequentemente, o impacto na qualidade dos ativos dos bancos. Nas contas dos analistas, no pior cenário, a taxa de inadimplência do sistema em 2016 poderia chegar a 6,9 por cento.

=PETROBRAS fechou com alta de cerca de 1 por cento, após anunciar na véspera estudos para abrir capital da BR Distribuidora. "Nós vemos este anúncio como um importante primeiro passo para iniciar o processo para começar a implementar o plano de desinvestimentos da empresa", disse o analista do Bank of America Merrill Lynch Frank McGann.

"Assumindo que isso seja seguido por medidas concretas para vender outros ativos, esperamos que possa ser um catalisador importante para a ação", avaliou, em nota a clientes. Ele comentou que, por se tratar da Petrobras, há muitos elementos a se ponderar também, como os preços de gasolina e diesel, que serão fundamentais para o desempenho das ações.

=QUALICORP teve mais um dia de alta expressiva, fechando com ganho de 3,61 por cento. O BTG Pactual disse em nota a clientes pela manhã que foi bastante positiva a mensagem do diretor de Normas e Habilitação das Operadoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar, Leandro Reis Tavares, em evento na quarta-feira. Conforme relato do BTG, Tavares disse que o objetivo da ANS é oferecer uma gama de produtos cada vez maior aos beneficiários e reconhece que a Qualicorp possui papel importante, como líder do mercado de planos coletivos por adesão. Em relação a potenciais mudanças regulatórias, disse que não há discussão nenhuma na agência sobre mudanças normativas que regulam o mercado da Qualicorp (RN's 195/196), relatou o BTG.

=VALE fechou com as preferenciais em alta de 0,26 por cento, enquanto as ordinárias caíram 0,22 por cento, após sessão volátil. Houve queda de mais de 5 por cento nos preços do minério de ferro no mercado à vista da China <.IO62-CNI=SI>, que atingiram o menor patamar desde 23 de abril.

=GERDAU figurou entre as maiores perdas, com recuo de 3,90 por cento, com o setor de siderurgia no vermelho como um todo, diante do cenário bastante desfavorável. Além disso, pesou apreensão acerca de contaminação em preços, principalmente após artigo publicado no site especializado Steel Business Briefing na véspera aventar que a fraqueza da economia estaria forçando usinas a reduzirem preços de aços longos em até 5 por cento. O BTG soltou nota ainda na quarta-feira dizendo que procurou a Gerdau, que não confirmou a informação.

=BR PROPERTIES caiu 1,72 por cento, após o fundo de investimento em participações Bridge decidir não seguir com a planejada oferta pública para a compra do controle da empresa. O Credit Suisse disse que a notícia não era completamente inesperada, e que as atenções agora devem se voltar para as operações da companhia. "A perspectiva para imóveis comerciais segue desafiadora, mas a BR Properties parece continuar a navegar relativamente bem devido a sua carteira premium e executivos experientes. No entanto, continuamos com uma visão cautelosa para a empresa por ora até ter mais visibilidade sobre o potencial de algum aumento na demanda por imóveis para escritório", afirmou em nota a clientes.

Texto atualizado às 18h02

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