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Ibovespa sobe mais de 3% e fecha em alta pelo 7º pregão consecutivo

Melhor perspectiva sobre recuperação econômica impulsiona bolsas de valores no mundo

Bolsa: Ibovespa sobe 3,18% e fecha em 97.644,67 pontos (d3sign/Getty Images)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de junho de 2020 às 17h30.

Última atualização em 8 de junho de 2020 às 18h24.

A bolsa brasileira fechou em alta pelo sétimo pregão consecutivo, nesta segunda-feira, 8, com os investidores otimistas sobre a recuperação das principais economias do mundo. O Ibovespa , principal índice de ações, subiu 3,18% e encerrou em 97.644,67 pontos — a maior pontuação desde 6 de março.

No mercado, crescem as expectativas de que os impactos do coronavírus nas economias sejam menores do que se previa anteriormente, conforme os dados econômicos se mostram melhores do que os projetados. Na sexta-feira, 5, houve grande euforia, após os Estados Unidos apresentarem crescimento do mercado de trabalho, em maio, enquanto se esperava perdas de mais 8 milhões de postos de trabalho.

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No fim de semana, as exportações chinesas referentes a maio também saíram melhores do que o esperado, ficando apenas 3,3% abaixo do mesmo período do ano passado ante a expectativa de contração de 7%.

"Ainda estamos sentindo os reflexos da semana anterior. As projeções estão errando muito. Os dados vêm mostrando que, aos poucos, estamos retomando as atividades", afirmou Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos.

“É possível afirmar com um grau de certeza razoável que [ a recessão ] deve durar menos tempo e ser menos profunda do que se temia há poucos meses”, afirmaram analistas da Levante Investimentos em relatório.

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Alvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital modalmais, vê um movimento de maior apetite a risco se formando no mundo e acredita que a bolsa de valores seja a principal porta de entrada para recursos que estavam alocados em renda fixa.

“Tem entrada de recursos por todos os lados. Tem fundo de pensão tendo de arriscar um pouco mais porque a taxa de juro não cumpre a meta atuarial. Há gestores que estavam apostando no dólar contra o real e desfizeram posição. E tem o investidor estrangeiro, que de alguma forma está voltando”, disse.

Nos três primeiros dias de junho, as compras dos investidores estrangeiros foram 1,786 bilhão de reais superiores às vendas, de acordo com dados da B3.

No entanto, o economista, ainda vê um cenário interno “complicado", principalmente no lado político e acredita que as recentes altas abriram espaço para uma “potencial realização de lucro de curto prazo muito forte.”

No exterior, o índice americano S&P 500 subiu 1,2% e encerrou levemente acima do patamar de dezembro de 2019, revertendo os prejuízos do ano.

Destaques

Na bolsa, as companhias do setor aéreo voltaram a apresentar valorizações estratosféricas. Nesta sessão, as ações da Azul e da Gol voltaram a liderar as altas do Ibovespa, subindo 29,25% e 28,29% respectivamente. Além dos programas de retomadas de voos, os investidores também repercutiram o acordo firmado, na sexta, com trabalhadores do setor, que envolvem licenças não remuneradas e programa de demissão voluntária. Desde o início da semana passada, as ações da Gol acumulam apreciação de 99,42%, enquanto as da Azul, de 91,53%.

Os papéis das siderúrgicas também apresentaram fortes valorizações, tendo como pano de fundo a alta do minério de ferro, que subiu mais de 5%, após a Vale interromper as operações de minas de Itabira, reduzindo a oferta mundial. Entre elas, as ações da CSN e da Usiminas tiveram o melhor desempenho da sessão, com respectivas altas de 17,12% e 7,97%.

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