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Ibovespa aprofunda queda antes de Datafolha

A bolsa tocou as mínimas das sessão em meio a expectativas de que novas pesquisas mostrem Dilma ganhando terreno contra Marina


	Marina Silva e Dilma Rousseff: às 16h34, o Ibovespa perdia 1,3 por cento, a 57.858 pontos
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Marina Silva e Dilma Rousseff: às 16h34, o Ibovespa perdia 1,3 por cento, a 57.858 pontos (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 16h50.

São Paulo - A bolsa paulista tocou as mínimas da sessão na tarde desta quarta-feira, em meio a expectativas de que novas pesquisas mostrem a presidente Dilma Rousseff (PT) ganhando terreno contra sua provável adversária no segundo turno da eleição presidencial, a ex-senadora Marina Silva (PSB).

Às 16h34, o Ibovespa perdia 1,3 por cento, a 57.858 pontos, depois de ter recuado 2,1 por cento na mínima até esse horário.

O giro financeiro do pregão era de 6,4 bilhões de reais.

Levantamento Vox Populi divulgado mais cedo nesta quarta-feira apontou tal cenário ao mostrar Marina com 42 por cento das intenções de voto contra 41 por cento de Dilma na simulação de segundo turno, mas o foco agora é a pesquisa Datafolha prevista para ser divulgada nesta noite no Jornal Nacional.

Quatro profissionais do mercado financeiro ouvidos pela Reuters citaram rumores de o levantamento do Datafolha mostrar, inclusive, Dilma à frente de Marina na simulação de segundo turno.

"Esse equilíbrio nas intenções de votos no segundo turno causou certa decepção, porque se imaginava uma resiliência maior da margem da Marina frente a Dilma. Alguma acomodação era esperada, mas foi muito rápido", disse o gestor na NP Investimentos Julio Erse.

A menor chance de reeleição de Dilma indicada em pesquisas a partir de meados de agosto vinha impulsionando a Bovespa, entre outros fatores, por expectativas de menor intervenção em empresas estatais e em alguns setores da economia sinalizada pelos candidatos de oposição.

Mas desde que levantamentos recentes passaram a mostrar um quadro mais disputado, parte dos investidores, particularmente locais, passou a embolsar lucros ou reduzir posições. Após subir quase 10 por cento em agosto, o Ibovespa acumulou em setembro perda de 4,3 por cento até a terça-feira.

O movimento de realização em mercados emergentes nesta sessão também estava no radar e foi citado como mais um fator de cautela ao mercado acionário brasileiro, embora dados sobre o fluxo de estrangeiros na bolsa ainda mostrem forte presença desses participantes.

O saldo externo na Bovespa no mês até 8 de setembro estava positivo em pouco mais de 2 bilhões de reais, contabilizando no ano entrada líquida de quase 20 bilhões de reais, enquanto os estrangeiros estavam comprados em 90.912 contratos em aberto de Ibovespa futuro até 9 de setembro.

O chefe da mesa de renda variável da corretora de um banco em São Paulo, que pediu para não ser identificado, disse que ainda observa fluxo para Brasil, mas que a forte valorização recente das ações e as incertezas políticas fizeram com que o apetite diminuísse.

Ainda vale lembrar que na próxima segunda-feira acontece o vencimento de opções sobre ações na bolsa paulista, o que tende a adicionar volatilidade aos negócios.

PAPEL POR PAPEL As ações da Petrobras , que vêm reagindo à pauta eleitoral, recuavam ao redor de 3 por cento. Papéis do setor financeiro, que mostraram forte valorização em agosto, também respondiam por pressão negativa relevante no índice, com destaque para Itaú e Bradesco.

O segmento imobiliário figurava entre as maiores baixas do Ibovespa, em parte decorrente da maior volatilidade que tais ações apresentam com relação ao índice, mas também devido ao movimento de alta nos juros futuros longos nos últimos dias.

O setor siderúrgico também registrava queda forte, com Usiminas afetada por corte na recomendação pelo Bank of America Merrill Lynch, enquanto Gerdau sofria após o Departamento de Comércio dos Estados Unidos reverter decisão preliminar que impunha direitos antidumping sobre as importações de vergalhões de aço da Turquia. A ação da administradora de shoppings BR Malls tinha perda significativa, após o Citi reduzir a recomendação do papel para "neutra", citando o rali recente.

Entre os poucos papéis em alta, Embraer avançava 3,18 por cento, com alguns agentes no mercado atrelando o movimento à valorização do dólar frente ao real, o que beneficia a empresa que tem a maioria da receita com exportações.

Veja as maiores baixas e altas do Ibovespa às 16h32 BAIXAS Ação Código Preço(R$) Variação MRV ON 8,33 -4,91% ALL AMER LAT ON 7,62 -4,51% PDG REALT ON 1,33 -3,62% USIMINAS PNA 7,91 -3,18% PETROBRAS ON 19,75 -3,14% PETROBRAS PN 20,8 -3,17% BRADESCO PN 38,06 -2,96% ROSSI RESID ON 1,31 -2,96% BR PROPERT ON 13,79 -2,89% GERDAU PN 12,38 -2,75% ALTAS Ação Código Preço(R$) Variação OI PN 1,54 3,36% EMBRAER ON 22,7 3,18% LOCALIZA ON 37,94 2,13% GOL PN 14,62 1,67% FIBRIA ON 24,94 1,38% KLABIN UNT 11,92 1,02% AMBEV ON 15,82 0,76% ELETROBRAS PNB 10,93 0,83% CESP PNB 27,97 0,76% SABESP ON 20,55 0,69% (Edição de Cesar Bianconi)

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