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Ibovespa fecha em primeiro pregão de 2022 em queda de quase 1%

Blue chips sobem, mas alta é insuficiente para manter índice no positivo; Cyrela e Alpargatas tombam mais de 7%

Painel de cotações na B3 | Foto: Germano Lüders/EXAME (Germano Lüders/Exame)
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Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de janeiro de 2022 às 10h32.

Última atualização em 3 de janeiro de 2022 às 18h31.

Após abrir em alta de 1% nesta segunda-feira, 3, o Ibovespa entrou em terreno negativo, pressionado por ações de setores cíclicos e fechou o primeiro pregão do ano em queda. Entre as maiores quedas do pregão estiveram papéis construtoras e varejistas, que chegaram a cair cerca de 7%.

O movimento de queda ocorreu na contramão das principais bolsas internacionais, que iniciaram o ano em alta. Em Wall Street, um dos principal destaques ficou com as ações da Tesla, que avançaram mais de 13% na Nasdaq e impulsionam o índice de tecnologia da bolsa americana. A forte valorização ocorre após a empresa de Elon Musk anunciar vendas recordes no quarto trimestre de 2021.

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Outro destaque do dia foi a Apple, que se tornou a primeira empresa a atingir 3 trilhões de dólares em valor de mercado na negociação intraday. A gigante de tecnologia atingiu a marca inédita pouco mais de um ano e quatro meses depois de inaugurar o "clube dos 2 trilhões trilhões". A ação encerrou o dia negociada a 182,01 dólares, ficando abaixo dos 182,86 dólares que confirmariam a marca inédita também no fechamento.

Apesar do ambiente de apetite ao risco no exterior, o dólar também avançou frente ao real, recuperando parte das perdas do último pregão de 2021, quando despencou mais de 2%.

No fechamento:

Entre as preocupações dos investidores brasileiros estiveram as expectativas de crescimento do país para este ano. No boletim Focus divulgado nesta manhã, economistas voltaram a revisar para baixo as estimativas do PIB de 2022, com o consenso passando de crescimento de 0,42% para 0,36%.

Em meio à piora das estimativas, ações intimamente ligadas à atividade econômica local lideraram as perdas do Ibovespa, com as construtoras Cyrela (CYRE3), JHSF (JHSF3), MRV (MRVE3) e EzTec (EZTC3) entre as maiores quedas.

Varejistas e shoppings centers também ficaram entre as maiores quedas, com destaque para Alpargatas (ALPA4), Magazine Luiza (MGLU3) e Multiplan (MULT3).

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Entre as maiores quedas também estiveram as ações dos frigoríficos, em especial da JBS (JBSS3), que sofrem com a ofensiva do governo de Joe Biden sobre as maiores produtoras de carne dos Estados Unidos. Segundo o Financial Times, a Casa Branca apontou a concentração de mercado da indústria de carne como uma das principais fontes de inflação e vulnerabilidade na cadeia de abastecimento do país. No grupo, apenas a BRF (BRFS3) fechou o dia em alta.

Por outro lado, algumas das blue chips da bolsa ajudaram a amenizar a queda do Ibovespa, com os grandes bancos e os papéis da Vale (VALE3) e Petrobras (PETR3/PETR4) encerrando o dia em alta.

O grande destaque ficou com CSN Mineração (CMIN3), que estreou hoje no Ibovespa. Os papéis acompanham a valorização do minério de ferro, que subiu 1,25% no porto de Qingdao, para 122,26 dólares a tonelada. Dia positivo também para a 3R Petroleum (RRRP3), outra novata no índice. O papel acompanhou a alta do petróleo, que avançou mais de 1,5% com o apetite a risco no exterior.

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