Mercados

HSBC Brasil pode oferecer fundos de crédito

Para o HSBC, investidores globais querem ter mais exposição ao Brasil por causa das boas perspectivas do país

Agência do HSBC: banco tem 42 bilhões de dólares em ativos sob sua gestão (.)

Agência do HSBC: banco tem 42 bilhões de dólares em ativos sob sua gestão (.)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2010 às 10h47.

Tóquio - O HSBC pode lançar no Brasil um fundo de crédito corporativo e fundos baseados em ações de empresas de pequeno a médio porte em um momento em que investidores globais estão interessados em diversificar seus ativos, afirmou um executivo da unidade brasileira do banco.

Investidores globais querem ter mais exposição ao Brasil por causa das boas perspectivas do país e interesse desses grupos em investir mais pesadamente em mercados emergentes já que as economias maduras estão passando por crescimento lento, segundo Pedro Bastos, presidente-executivo da área de gestão de ativos do HSBC Bank no Brasil.

"Haverá muitas oportunidades em termos de crédito para empresas... Companhias no Brasil precisam acessar recursos e financiamento externo e elas pagam um prêmio em mercados locais", disse Bastos à Reuters em entrevista em Tóquio nesta terça-feira.

"Então, a possibilidade de criação de um fundo de crédito corporativo pode ser um caminho interessante adiante", afirmou o executivo.

Bastos também informou que a criação de um fundo de small cap direcionado a investidores externos pode ser outra opção já que muitas novas empresas estão sendo criadas no país.

O HSBC no Brasil, que tem um total de 42 bilhões de dólares em ativos sob sua gestão, não decidiu quando lançará esses fundos.

Os ativos administrados pelo banco no país têm crescido em cerca de 16 por cento por ano, em média, desde 2006 e devem registrar a mesma taxa este ano, disse Bastos.

O HSBC Brasil está focando no Japão, Hong Kong, Taiwan, Coreia do Sul e Cingapura. A atenção do banco na China é limitada considerando que já há muitas restrições no país, afirmou o executivo.

"O Japão é uma economia madura com níveis de juros muito baixos e o Brasil é uma economia emergente que precisa de altos níveis de investimento de capital... Estes são dois tipos muito complementares de economias", disse ele.

A população japonesa, que tem cerca de 15 trilhões de dólares em poupança, tem investido em ações, bônus e câmbio no Brasil nos últimos dois anos.

O HSBC Brasil administra quase 6 bilhões de dólares em fundos de investidores japoneses.

Leia mais notícias sobre o setor financeiro

Siga as últimas notícias de Mercados no Twitter

Assine a newsletter do Canal de Mercados

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Mercados

"Falta maturidade para o Brasil ter um BC independente", diz Fernando Siqueira, head da Guide

Bilionário, ex-operador do Lehman Brothers abre empresa de capital de risco

Ibovespa sobe com sinalizações de corte de gastos e dólar volta a fechar abaixo de R$ 5,50

Tesla deixou os problemas para trás? Investidores acreditam que sim; saiba por quê

Mais na Exame