Hapvida (HAPV3) cai 4% na bolsa após saída de co-CEO ligado à NotreDame
Irlau Machado Filho, que era CEO da NotreDame, deixou todos os cargos que ocupava no grupo em menos de um ano após fusão
Hapvida - Predio administrativo em Fortaleza (Leandro Fonseca/Exame)
22 de novembro de 2022, 18h57
As ações da Hapvida (HAPV3) caíram 3m57% na tarde desta terça-feira, 22. A desvalorização do papel ocorreu após o anúncio da renúncia Irlau Machado Filho a todos os cargos que exercia na empresa, inclusive o de co-CEO e membro do Conselho de Administração.
Com sua saída, o posto mais alto da diretoria da Hapvida será ocupado unicamente por Jorge Pinheiro. Pinheiro esteve no comando da Hapvida desde 2001 e passou a compartilhar o cargo com o então CEO da NotreDame Intermédica, Machado Filho, após a fusão entre as empresas ter sido concluída em fevereiro deste ano.
O anúncio pegou parte do mercado de surpresa. "O histórico de sucesso de Irlau [Machado Filho] na NotreDame provavelmente deixará alguns investidores lamentando as notícias de hoje", afirmou o BTG Pactual em relatório divulgado a clientes no início do dia. "Ele é um executivo de primeira linha e a comunidade de investidores esperava que ele fosse uma força motriz no processo de integração", disse o banco.
Machado Filho esteve por oito anos no comando da NotreDame, sendo um dos responsáveis por levá-la à bolsa em 2018. Mas ainda que notícia possa ter desagradado, pouca gente no mercado acreditava que a estrutura de co-CEO adotada após a combinação de negócios teria vida longa.
"Por um lado, o fim da estrutura do co-CEO deve trazer maior eficiência – com menos redundância de cargos e predominância de uma cultura – e eliminar o overhang que acreditamos estar pesando na ação causado pela antecipação da saída de um dos CEOs", disseram analistas do Itaú BBA
Saída do Conselho levanta suspeitas
O que ninguém esperava era que o ex-CEO da NotreDame também deixaria o Conselho de Administração. "Os termos anunciados foram um pouco diferentes daqueles que prevíamos. Como o Machado era um executivo conceituado, preferíamos vê-lo ainda desempenhando um papel na empresa como membro do Conselho", afirmou o Itáu .
A Hapvida disse que a saída do executivo foi motivada por "própositos e objetivos pessoais". As alegações, porém, levantaram suspeitas no mercado. "A Hapvida disse que a decisão de Irlau se deu por motivos pessoais, mas o fato de ele também estar desocupando o cargo no Conselho pode parecer um tanto abrupto", pontuou o BTG Pactual.
Às incertezas da saída de Machado Filho, os analistas do Itaú pontuaram a possibilidade de o executivo estar de partida para algum concorrente. "Esperamos entender melhor esse risco, pois o fato relevante não menciona cláusulas de não concorrência."
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