Mercados

Grécia dará o tom dos mercados nesta semana

Conversas com credores podem garantir ou arruinar a continuidade do bom humor dos investidores em 2012

A Grécia entra em uma semana decisiva para concluir as negociações com os credores (Louisa Gouliamaki/AFP)

A Grécia entra em uma semana decisiva para concluir as negociações com os credores (Louisa Gouliamaki/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2012 às 21h22.

São Paulo – As discussões da Grécia com os seus credores privados deverá dar o tom dos negócios para os mercados financeiros nesta semana. As principais bolsas de valores do mundo estão em alta desde o início do ano com a expectativa de um acordo que culmine em um calote organizado que evitaria uma onda de desconfiança e mau humor para os investidores.

“O avanço nesse campo é essencial para a continuidade das conversas da Grécia com a “troika”, em relação ao segundo pacote de ajuda financeira, e as autoridades gregas têm reiterado que será possível apresentar um acordo com os credores já na reunião dos Ministros das Finanças da União Européia, na segunda-feira”, explica Mauro Schneider, economista do banco Banif.

Brasil

Por aqui, o mercado acompanha, na quinta-feira, a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco Central reduziu na semana passada a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 10,5% ao ano. Vale lembrar que a BM&FBovespa não irá funcionar na quarta-feira, dia 25, aniversário da cidade de São Paulo.

EUA

Nos EUA, os investidores irão acompanhar a publicação de mais uma rodada de resultados de grandes companhias, como Apple, Boeing, McDonald’s e Procter & Gamble. Além disso, o Banco Central do país, o Federal Reserve, realiza a primeira reunião de política monetária do ano. Sem a expectativa de grandes surpresas em sua decisão, o juro deve continuar no nível entre zero e 0,25% ao ano.

Mas a maior expectativa é pela inovação de transparência que irá acompanhar o comunicado da equipe liderada por Ben Bernanke. O Fed irá, pela primeira vez, publicar as suas projeções para as taxas de juros de longo prazo. Os dados poderão ajudar os investidores a avaliar quando o Fed espera elevar o juro, que está no mesmo patamar desde dezembro de 2008.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valores

Mais de Mercados

Pressão sobre grande investidor pode estar por trás da queda do petróleo, diz Gavekal

Possibilidade de novo acordo traz alívio e Azul sobe 18% na bolsa

Ibovespa fecha em alta com ajuda de Vale e de olho em corte de juros nos EUA; dólar cai

Ajuste de apostas para maior corte pelo Fed, eleições dos EUA e IBC-Br: o que move o mercado