Governo corta IOF sobre conversão de ADRs em ações para 2%
O governo reduziu de 6 para 2% o imposto sobre operações financeiras de câmbio cobrado na troca de recibos de depósitos americanos por ações de empresas brasileiras
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2010 às 16h38.
São Paulo - O governo reduziu de 6 para 2 por cento o imposto sobre operações financeiras de câmbio cobrado na troca de recibos de depósitos americanos por ações de empresas brasileiras no mercado local e sobre algumas operações de investimentos estrangeiros diretos.
As novas normas, publicadas hoje num decreto presidencial, têm por objetivo complementar o pacote de medidas anunciadas em 15 de dezembro para estimular investimentos de longo-prazo no País, disse o auditor da Receita Federal Heitor Lima, em entrevista a repórteres em Brasília.
Em 2010, o Brasil triplicou para 6 por cento o IOF sobre investimentos estrangeiros diretos para tentar limitar a valorização do real. A moeda brasileira valorizou-se 35 por cento em relação ao dólar americano desde o começo de 2009, o terceiro melhor desempenho entre as principais moedas, depois do dólar australiano e do rand sul-africano.
A partir de 3 de janeiro, a alíquota do imposto voltará para 2 por cento transações envolvendo a compra de ações listadas no mercado acionário local por estrangeiros que atualmente possuem ADRs de empresas brasileiras e sobre investimentos estrangeiros diretos que se convertam em investimentos em ações negociáveis em bolsa, disse Lima.
O governo já tinha anunciado a redução de seis para dois por cento do IOF cobrado no câmbio para a compra de cotas em fundos de investimento em participações e fundos de investimento em empresas emergentes.