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Goldman criará mesa de trading de criptomoedas, diz Bloomberg

Pelo menos uma das maiores instituições de Wall Street está cada vez mais à vontade com as criptomoedas

Bitcoin: o banco pretende colocar o negócio em operação no fim de junho (Getty Images/Getty Images)

Bitcoin: o banco pretende colocar o negócio em operação no fim de junho (Getty Images/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 23 de dezembro de 2017 às 08h02.

Última atualização em 23 de dezembro de 2017 às 08h02.

(Bloomberg) -- Pelo menos uma das maiores instituições de Wall Street está cada vez mais à vontade com as criptomoedas.

Goldman Sachs está formando uma mesa de trading para criar mercados para moedas digitais como o bitcoin, segundo pessoas informadas sobre a estratégia.

O banco pretende colocar o negócio em operação no fim de junho, no mais tardar, disseram duas das pessoas. Outra afirmou que o banco ainda tenta resolver problemas de segurança e definir como manteria ou guardaria os ativos.

A decisão coloca o Goldman Sachs em posição de se tornar a primeira grande instituição de Wall Street a criar mercados para criptomoedas, cujos valores crescentes e enormes oscilações de preço povoam a imaginação do público, mas são vistos com cautela pelas instituições consolidadas. O banco já está entre as poucas grandes instituições a compensarem uma nova safra de futuros de bitcoins oferecida pela Cboe Global Markets e pela CME Group. O Citigroup e o Bank of America, por exemplo, adotaram a postura de esperar para ver.

O Goldman Sachs atualmente está montando uma equipe em Nova York, disse uma das pessoas. O banco não decidiu onde ficará a mesa, mas uma possibilidade é que opere dentro da função de trading sistemático da unidade de renda fixa, câmbio e commodities, que faz transações eletrônicas, disseram duas pessoas. Darren Cohen, do principal grupo de investimentos estratégicos do banco, também busca oportunidades, disse outra pessoa.
, no principal grupo de investimentos estratégicos da empresa, também está buscando oportunidades, disse outra pessoa.

“Em resposta ao interesse dos clientes em moedas digitais, estamos estudando a melhor forma de atendê-los”, disse o porta-voz Michael DuVally, em comunicado.

Publicamente, o CEO Lloyd Blankfein tem sido circunspecto. Ele tuitou em outubro que sua empresa estudava como lidar com o bitcoin. Em entrevista à Bloomberg Television, no mês passado, disse que o banco ainda não precisava de nenhuma estratégia para o bitcoin porque a moeda digital ainda está se desenvolvendo e é volátil.

E quando começou a compensar futuros, no início do mês, o banco exigiu que alguns clientes reservassem recursos equivalentes ao valor total das transações, disseram pessoas familiarizadas com a política na ocasião. O conservadorismo dissuadiu alguns clientes e os fez levar seus negócios para outras partes.

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