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Giro do interbancário de dólar cai à metade após nova Ptax

A redução do volume confirma a expectativa de analistas sobre um dos principais efeitos da mudança na Ptax, feita pelo BC para modernizar o mercado brasileiro

Dólar opera agora em ritmo estável (Joe Raedle/Getty Images)

Dólar opera agora em ritmo estável (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 19h54.

Última atualização em 25 de julho de 2022 às 19h41.

São Paulo - Uma semana após nova Ptax - O volume do mercado interbancário de dólar diminuiu pela metade, aproximadamente, após a mudança no cálculo da taxa de referência da moeda norte-americana pelo Banco Central na última sexta-feira, disseram dois profissionais de mercado que trabalham em bancos dealers de câmbio.

"Agora só tem mais volume quando tem algum fluxo, senão é por volta de 1 bilhão (de dólares). Antes era 2,5 bilhões, 3 bilhões", disse o responsável pela área da tesouraria proprietária de um banco dealer, que preferiu não ser identificado.

O operador de câmbio de outro banco dealer tem estimativa parecida. "Antes girava entre 2,5 bilhões, 3 bilhões de dólares. Agora tem ficado perto de 1,5 (bilhão)", afirmou.

A redução do volume confirma a expectativa de analistas e operadores sobre um dos principais efeitos da mudança na Ptax, feita pelo BC para modernizar o mercado brasileiro e aproximá-lo do padrão internacional.

A Ptax é a taxa de referência para contratos futuros e outros derivativos relacionados com câmbio.

O BC não informa o volume do mercado interbancário de câmbio, também chamado de secundário. A principal função desse segmento é permitir que os bancos equilibrem suas posições de câmbio, dando liquidez para as operações no mercado primário, onde clientes como exportadores e empresas não-financeiras compram e vendem dólares.

O volume no mercado primário, estimam profissionais de mercado, não sofreu alterações em volume. O maior impacto até aqui, dizem, tem sido na liquidez.

Profissionais de duas das principais corretoras que fazem operações conhecidas como "casado" --que combinam dólar à vista e dólar futuro-- já relatavam nos últimos dias uma diminuição do volume e da liquidez também nesse mercado, com uma concentração dos negócios em apenas algumas casas.

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