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Geithner descarta "possibilidade" de implosão financeira na Europa

Geithner disse nesta quinta-feira que "não há possibilidade" da Europa sofrer uma implosão financeira comparável à do Lehman Brothers

Geithner reiterou a necessidade de "vontade política" para sair, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, desta crise (Marcello Casal Jr./A)

Geithner reiterou a necessidade de "vontade política" para sair, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, desta crise (Marcello Casal Jr./A)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2011 às 14h05.

Washington - O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse nesta quinta-feira que "não há possibilidade" da Europa sofrer uma implosão financeira comparável à do Lehman Brothers em 2008 e indicou que as autoridades europeias têm "a capacidade econômica e financeira para enfrentar" os problemas de dívida.

Geithner destacou que quem "considera o desafio da Europa além de suas capacidades está enganado".

O secretário do Tesouro americano, que na próxima sexta-feira participará como convidado na reunião dos ministros de Finanças europeus na Polônia, afirmou que Washington quer ajudar à Europa, mas que em último caso "este é um desafio europeu".

"Eles reconheceram que terão de fortalecer mais seu compromisso", disse após louvar as declarações da chanceler alemã, Angela Merkel, de apoio à economia europeia.

Além disso, reiterou a necessidade de "vontade política" para sair, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, desta crise.

"Temos esta terrível e daninha disfunção política aqui e na Europa que deixa o mundo se perguntando sobre se o sistema político tem capacidade para fazer o que é certo. E isso danifica a confiança", acrescentou Geithner, em entrevista à emissora "CNBC".

Ele também se referiu aos problemas que acarreta o avultado déficit dos EUA e a proposta lançada pelo presidente Barack Obama de reduzi-lo, o que inclui alta de impostos e aumento do gasto público.

Respondeu à oposição republicana que criticou a alta impositiva porque afetará já a frágil recuperação econômica.

"Ninguém quer aumento de impostos. Não há opções na mesa atrativas a todos. Temos de tomar decisões sobre como viver dentro de nossos recursos", explicou Geithner.

"A maior parte das alternativas ouvidas agora são as estratégias partidárias, não estratégias verdadeiras".

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