Mercados

G7 acalma mercados, mas decisão da ONU afeta petróleo

A ação do grupo influenciou também os pregões na Europa

No caso do petróleo, os preços avançavam por temores de aumento na tensão geopolítica no Norte da África e Oriente Médio (Joe Raedle/Getty Images)

No caso do petróleo, os preços avançavam por temores de aumento na tensão geopolítica no Norte da África e Oriente Médio (Joe Raedle/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2011 às 08h04.

São Paulo - A decisão dos líderes financeiros do G7 de intervir conjuntamente no mercado cambial, a fim de controlar o iene e acalmar investidores nervosos com a situação nuclear japonesa, repercutia positivamente nas principais praças financeiras internacionais nesta sexta-feira, enquanto a autorização da ONU de uma zona de exclusão áerea sobre a Líbia e de "todas as medidas necessárias" elevava o petróleo.

Os líderes de Finanças do G7 disseram que EUA, Grã-Bretanha, Canadá e o Banco Central Europeu iriam se juntar ao Japão em uma intervenção cambial conjunta a partir de hoje a pedido de autoridades japonesas. Em comunicado após teleconferência, expressaram "disponibilidade para prestar toda a cooperação necessária e nossa confiança na capacidade de recuperação da economia japonesa e do setor financeiro." O Japão teria comprado 25 bilhões de dólares para conter a apreciação do iene e bancos centrais europeus também teriam vendido iene por euro nesta sessão, segundo estimativas de operadores, na primeira intervenção combinada do G7 em uma década. Como resultado, o dólar valorizava-se 3,06 por cento, a 81,44 ienes, às 7h30, abandonando a mínima de 76,25 ienes atingida na quinta-feira.

Tal desempenho influenciava o índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais moedas globais e oscilava ao redor da estabilidade, apesar da alta da 0,54 por cento do euro, a 1,4095 dólar.

No segmento acionário, o índice Nikkei encerrou o dia em Tóquio com acréscimo de 2,72 por cento, mas ainda acumulou perda ao redor de 10 por cento na semana. O índice da bolsa de Xangai avançou 0,33 por cento refletino a reação favorável ao resultado da PetroChina Co Ltda e ganhos no setor imobiliário.

O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão subia 0,95 por cento.

A ação do G7 influenciou também os pregões na Europa, mas a notícia de aumento do depósito compulsório aos bancos na China enfraqueceu o FTSEurofirst 300, que subia agora apenas 0,10 por cento. Nos Estados Unidos, o futuro do S&P 500 ainda apresentava alta de 7,20 pontos. O MSCI para ações globais registrava elevação de 0,2 por cento e para emergentes, de 0,31 por cento.

O BC chinês elevou o depósito compulsório bancário nesta sexta-feira em 0,50 ponto percentual, no terceiro aumento este ano. A ação leva a alíquota para os maiores bancos do país para 20 por cento. No comunicado que acompanhou o anúncio, o Banco Popular da China diz que a decisão passa a vigorar a partir de 25 de março.

No caso do petróleo, os preços avançavam por temores de aumento na tensão geopolítica no Norte da África e Oriente Médio após o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) autorizar ação militar para proteger os civis contra as forças do líder Muammar Gaddafi. A cotação nas operações eletrônicas em Nova York subia 0,94 por cento, a 102,37 dólares.

A pauta doméstica é restrita nesta sexta-feira, incluindo apenas prévia do IGP-M.

Acompanhe tudo sobre:AçõesÁfricabolsas-de-valoresEnergiaLíbiaMuammar KadafiONUPetróleoPolíticos

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado