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Fluxo cambial dispara e permite ajuste de bancos

Entrada de capitais disparou em mais de US$ 10 bilhões neste mês julho

Mais de dois terços desse montante, ou US$ 7,358 bilhões, entraram somente no dia 11, primeiro dia após o anúncio das novas regras da autoridade do Banco Central (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2011 às 13h38.

São Paulo - A entrada de capitais no país disparou a mais de 10 bilhões de dólares neste mês, permitindo que os bancos se ajustassem às novas exigências do Banco Central (BC) sobre as posições vendidas das instituições financeiras.

O fluxo cambial ficou positivo em 10,132 bilhões de dólares em julho até o dia 15, informou o BC nesta quarta-feira. Mais de dois terços desse montante, ou 7,358 bilhões de dólares, entraram somente no dia 11, primeiro dia após o anúncio das novas regras da autoridade monetária. Em julho, até o dia 8, o fluxo estava positivo em 1,521 bilhão de dólares.

O BC ampliou o recolhimento dos depósitos compulsórios sobre a posição vendida dos bancos que exceda 1 bilhão de dólares, ou que seja superior ao seu patrimônio de referência. Desde abril, esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares.

A medida passou a valer nesta segunda-feira, mas os bancos aproveitaram a semana passada para fazer os ajustes.

As novas exigências reduziram a liquidez para posições vendidas de investidores estrangeiros no mercado futuro, uma das principais fontes de pressão pela queda do dólar. O governo tenta frear a valorização do real para proteger a indústria local e preservar as exportações do país.

"Parece até que a medida foi tomada com pleno conhecimento de que teria entrada", disse diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "É uma entrada inusitada." O gerente de derivativos de uma das principais corretoras no país, que preferiu não ser identificado, afirmou que empresas "de primeira linha" repatriaram capital naquela ocasião.

O BC não intensificou a compra de dólares no mercado mesmo com a entrada expressiva de capitais, permitindo que as divisas reduzissem a posição vendida das instituições financeiras. Até 15 de julho, o BC incorporou 2,484 bilhões de dólares às reservas por meio de leilões no mercado à vista.

A corretora BGC Liquidez, em relatório, estima que as posições tenham diminuído de 14,7 bilhões de dólares no fim de junho para 6,97 bilhões de dólares na sexta passada.

Entre 1o e 15 de julho, houve superávit de 6,887 bilhões de dólares nas operações financeiras e de 3,245 bilhões de dólares nas operações comerciais.

No ano, o fluxo positivo soma 49,965 bilhões de dólares.

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São Paulo - A entrada de capitais no país disparou a mais de 10 bilhões de dólares neste mês, permitindo que os bancos se ajustassem às novas exigências do Banco Central (BC) sobre as posições vendidas das instituições financeiras.

O fluxo cambial ficou positivo em 10,132 bilhões de dólares em julho até o dia 15, informou o BC nesta quarta-feira. Mais de dois terços desse montante, ou 7,358 bilhões de dólares, entraram somente no dia 11, primeiro dia após o anúncio das novas regras da autoridade monetária. Em julho, até o dia 8, o fluxo estava positivo em 1,521 bilhão de dólares.

O BC ampliou o recolhimento dos depósitos compulsórios sobre a posição vendida dos bancos que exceda 1 bilhão de dólares, ou que seja superior ao seu patrimônio de referência. Desde abril, esse compulsório era recolhido sobre posição superior a 3 bilhões de dólares.

A medida passou a valer nesta segunda-feira, mas os bancos aproveitaram a semana passada para fazer os ajustes.

As novas exigências reduziram a liquidez para posições vendidas de investidores estrangeiros no mercado futuro, uma das principais fontes de pressão pela queda do dólar. O governo tenta frear a valorização do real para proteger a indústria local e preservar as exportações do país.

"Parece até que a medida foi tomada com pleno conhecimento de que teria entrada", disse diretor-executivo da NGO Corretora, Sidnei Nehme. "É uma entrada inusitada." O gerente de derivativos de uma das principais corretoras no país, que preferiu não ser identificado, afirmou que empresas "de primeira linha" repatriaram capital naquela ocasião.

O BC não intensificou a compra de dólares no mercado mesmo com a entrada expressiva de capitais, permitindo que as divisas reduzissem a posição vendida das instituições financeiras. Até 15 de julho, o BC incorporou 2,484 bilhões de dólares às reservas por meio de leilões no mercado à vista.

A corretora BGC Liquidez, em relatório, estima que as posições tenham diminuído de 14,7 bilhões de dólares no fim de junho para 6,97 bilhões de dólares na sexta passada.

Entre 1o e 15 de julho, houve superávit de 6,887 bilhões de dólares nas operações financeiras e de 3,245 bilhões de dólares nas operações comerciais.

No ano, o fluxo positivo soma 49,965 bilhões de dólares.

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