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Exterior ruim pressiona e Bovespa abre realizando lucros

O sinal negativo vindo do exterior e a proximidade do vencimento de opções sobre índice futuro abrem espaço para uma ligeira realização de lucros

Bovespa: pouco depois das 10 horas, o Ibovespa caía 0,24%, aos 58.347,23 pontos (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 09h38.

São Paulo - Os ganhos de quase 2% acumulados pela Bovespa na primeira semana do mês começam a ser dissipados nesta segunda-feira. O sinal negativo vindo do exterior e a proximidade do vencimento de opções sobre índice futuro abrem espaço para uma ligeira realização de lucros.

A crise política que se instaura na Itália e a agenda econômica esvaziada nos Estados Unidos podem adicionar uma dose de volatilidade aos negócios locais. Pouco depois das 10 horas, o Ibovespa caía 0,24%, aos 58.347,23 pontos.

O economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, avalia, em comentário diário, que a nova semana começa "estressada". Os focos de tensão no mercado financeiro, enumera ele, vão desde a falta de avanço nas negociações entre Casa Branca e Congresso sobre as formas de evitar que os Estados Unidos caíam em um abismo fiscal, passando por eleições no Japão e desaceleração econômica na Europa, até chegar na extensão do prazo do programa de recompra de bônus da dívida grega.

Com esse pano de fundo, as atenções se voltam para o noticiário do fim de semana, que traz a deflagração de uma crise política na Itália, após o primeiro-ministro, Mario Monti, anunciar que vai renunciar ao cargo assim que o orçamento do país para 2013 for aprovado no Parlamento.

O temor é de que a política econômica pró-austeridade entre em colapso na Itália, principalmente após o ex-premiê Silvio Berlusconi informar que vai concorrer novamente ao cargo nas eleições que acontecem no início do ano que vem.


Por volta das 9h40, a Bolsa de Milão despencava 3,12%, enquanto o retorno (yield) dos títulos soberanos de médio e longo prazos disparavam. A Bolsa de Madri sentia o contágio e recuava 1,62%, ao passo que Londres (-0,25%), Paris (-0,56%) e Frankfurt (-0,52%) exibiam perdas mais moderadas. Já em Wall Street, o futuro do S&P 500 cedia 0,20%, diante da continuidade de discussões, sem desfecho, entre o governo Obama e republicanos, faltando apenas 21 dias para o fim do ano.

Já as principais commodities industriais operam no terreno positivo, após dados econômicos divulgados na China no fim de semana que mostraram uma aceleração da atividade, sem pressão adicional na inflação. Ainda antes das 10 horas, os contratos futuros mais líquidos do cobre e do petróleo subiam, em Nova York. No Brasil, a agenda econômica segue no radar, mas é o vencimento de índice futuro e de opções sobre índice, na quarta-feira, que deve agitar a Bolsa.

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São Paulo - Os ganhos de quase 2% acumulados pela Bovespa na primeira semana do mês começam a ser dissipados nesta segunda-feira. O sinal negativo vindo do exterior e a proximidade do vencimento de opções sobre índice futuro abrem espaço para uma ligeira realização de lucros.

A crise política que se instaura na Itália e a agenda econômica esvaziada nos Estados Unidos podem adicionar uma dose de volatilidade aos negócios locais. Pouco depois das 10 horas, o Ibovespa caía 0,24%, aos 58.347,23 pontos.

O economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, avalia, em comentário diário, que a nova semana começa "estressada". Os focos de tensão no mercado financeiro, enumera ele, vão desde a falta de avanço nas negociações entre Casa Branca e Congresso sobre as formas de evitar que os Estados Unidos caíam em um abismo fiscal, passando por eleições no Japão e desaceleração econômica na Europa, até chegar na extensão do prazo do programa de recompra de bônus da dívida grega.

Com esse pano de fundo, as atenções se voltam para o noticiário do fim de semana, que traz a deflagração de uma crise política na Itália, após o primeiro-ministro, Mario Monti, anunciar que vai renunciar ao cargo assim que o orçamento do país para 2013 for aprovado no Parlamento.

O temor é de que a política econômica pró-austeridade entre em colapso na Itália, principalmente após o ex-premiê Silvio Berlusconi informar que vai concorrer novamente ao cargo nas eleições que acontecem no início do ano que vem.


Por volta das 9h40, a Bolsa de Milão despencava 3,12%, enquanto o retorno (yield) dos títulos soberanos de médio e longo prazos disparavam. A Bolsa de Madri sentia o contágio e recuava 1,62%, ao passo que Londres (-0,25%), Paris (-0,56%) e Frankfurt (-0,52%) exibiam perdas mais moderadas. Já em Wall Street, o futuro do S&P 500 cedia 0,20%, diante da continuidade de discussões, sem desfecho, entre o governo Obama e republicanos, faltando apenas 21 dias para o fim do ano.

Já as principais commodities industriais operam no terreno positivo, após dados econômicos divulgados na China no fim de semana que mostraram uma aceleração da atividade, sem pressão adicional na inflação. Ainda antes das 10 horas, os contratos futuros mais líquidos do cobre e do petróleo subiam, em Nova York. No Brasil, a agenda econômica segue no radar, mas é o vencimento de índice futuro e de opções sobre índice, na quarta-feira, que deve agitar a Bolsa.

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