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Expectativa sobre excesso de oferta faz petróleo cair

Os contratos seguem a queda de outros mercados e dados do Reino Unido que mostraram que o país teve progresso menor que o esperado na redução do déficit comercial


	Às 10h15 (horário de Brasília), o contrato do petróleo Brent para fevereiro caía 0,16%, para US$ 111,76 o barril na plataforma ICE, em Londres
 (Luiz Dantas/VEJA)

Às 10h15 (horário de Brasília), o contrato do petróleo Brent para fevereiro caía 0,16%, para US$ 111,76 o barril na plataforma ICE, em Londres (Luiz Dantas/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 10h11.

Londres - Os contratos do petróleo operam em queda, seguindo o enfraquecimento de outros mercados e dados do Reino Unido que mostraram que o país teve um progresso menor do que o esperado na redução do déficit comercial.

Às 10h15 (horário de Brasília), o contrato do petróleo Brent para fevereiro caía 0,16%, para US$ 111,76 o barril na plataforma ICE, em Londres. O contrato do petróleo para fevereiro negociado na Nymex recuava 0,18%, para 93,98 o barril.

Um relatório divulgado pelo Escritório Nacional de Estatísticas do Reino Unido mostrou que o déficit comercial do país com o resto mundo diminuiu para 9,2 milhões de libras (US$ 14,8 bilhões) em novembro, de 9,5 bilhões de libras em outubro.

Os economistas tinham previsto um déficit de 9 bilhões de libras.

O cenário global da oferta e da demanda do petróleo é contraditório, com as preocupações de prazo mais curto sobre o excesso de oferta sendo equilibradas por previsões de aumento da demanda no prazo mais longo.

Na sua mais recente projeção sobre demanda e oferta, a Administração de Informação Energética disse que espera que a demanda mundial de petróleo crescerá, em linha com as previsões anteriores, em 940 mil barris por dia em 2013.

A instituição também divulgou suas primeiras projeções para 2014, prevendo que a demanda aumentará 1,35 milhão de barris por dia.


No prazo mais curto, o principal foco das atenções será a perspectiva de excesso de oferta dos Estados Unidos, que pode reduzir os preços do petróleo.

"Há expectativas de que os estoques de petróleo semanais poderão aumentar, colocando pressão de baixa sobre o preço", escreveram analistas da LCG Capital Group em uma nota de pesquisa. "Isso poderá ser contrabalançado pelo aumento dos preços dos produtos de petróleo", ressaltaram.

O Departamento de Energia dos EUA (DoE) divulgará os números dos estoques na semana até 4 de janeiro nesta quarta-feira às 13h30 (horário de Brasília). As previsões são de que o relatório mostrará uma alta de 2,2 milhões de barris, de acordo com analistas entrevistados pela Dow Jones, sugerindo que a demanda dos EUA por petróleo está diminuindo.

As notícias sobre o lado da oferta continuam a se concentrar na produção dos EUA, que disparou em 2012 devido ao crescimento da produção de óleo de xisto.

Analistas do Commerzbank disseram que os EUA e o Canadá deverão ser responsáveis por uma grande parte do crescimento da produção neste ano, excluindo a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) até 2014, e que a produção da organização vai diminuir em resposta a essa pressão. As informações são da Dow Jones.

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