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Europa opera em leve alta à espera de detalhes da UE

Os líderes da UE não conseguiram obter o apoio de todos os 27 membros do bloco para as mudanças no tratado

Autoridades disseram que o Reino Unido e a Hungria não iriam participar do tratado (Antoine Antoniol/Getty Images)

Autoridades disseram que o Reino Unido e a Hungria não iriam participar do tratado (Antoine Antoniol/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2011 às 08h57.

Londres - As bolsas europeias operam com leve alta, à medida que os investidores aguardam mais detalhes sobre o programa de consolidação fiscal da cúpula da União Europeia, em Bruxelas, após negociações tensas durante a noite. Às 9h11 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,47%, Frankfurt avançava 1,25%, Paris subia 1,33%. Entre os países periféricos, a Bolsa de Madri registrava alta de 0,98%, Lisboa avançava 1,13% e Milão ganhava 1,90%.

Os líderes da UE não conseguiram chegar a um acordo sobre os aspectos principais de sua reposta à crise da zona do euro, incluindo a proposta da França e da Alemanha para mudar os tratados para evitar que os governos acumulem enormes déficits.

Os líderes da UE não conseguiram obter o apoio de todos os 27 membros do bloco para as mudanças no tratado. Autoridades disseram que o Reino Unido e a Hungria não iriam participar do tratado, enquanto Suécia e República Checa reservaram suas posições, ou seja, ficaram neutras. Como resultado disso, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, estão buscando um tratado intergovernamental, incluindo pelo menos 23 Estados membros.

Enquanto isso, os líderes fecharam um acordo, segundo o qual o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, pela sigla em inglês) será limitado a 500 bilhões de euros e que não receberá uma licença bancária. Também foi anunciado que UE fornecerá até 200 bilhões de euros em empréstimos bilaterais para o Fundo Monetário Internacional (FMI), para aumentar a capacidade da instituição para ajudar os países que enfrentam problemas de liquidez.

O setor bancário conseguiu se sustentar em terreno positivo, ignorando o movimento da Moody's de rebaixar os ratings dos três principais bancos franceses com ações listadas em bolsas, BNP Paribas, Crédit Agricole and Société Générale, em uma nota. A agência disse que o corte reflete a deterioração das condições de financiamento e a contínua exposição dessas instituições à dívida soberana.

Ontem, a EBA divulgou os resultados do teste de estresses dos bancos europeus. Segundo a autoridade, o déficit de capital dos bancos europeus é de um total de 114,7 bilhões de euro, maior do que o apontado pela previsão anterior. As informações são da Dow Jones.

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