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EUA: manifestantes anti-Wall Street tentam evitar expulsão de praça

Desde 17 de setembro, centenas de pessoas dormem no chão dessa praça privada, mas aberta ao público

Boa parte dos presentes nos protestos reclamam do corte de empregos nos EUA (Spencer Platt/Getty Images)

Boa parte dos presentes nos protestos reclamam do corte de empregos nos EUA (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 20h09.

Nova York - Os manifestantes anti-Wall Street em Nova York mobilizaram-se nesta quinta-feira para evitar sua expulsão, depois de ter recebido a ordem de sair da praça que ocupam para que esta esteja vazia na sexta-feira.

O proprietário da praça Zucotti, a Brookfield Property, comunicou que vai limpar a praça a partir das 07h00 de sexta-feira e pediu a retirada de todo o material dos manifestantes, que estão acampados no coração do bairro financeiro.

Em resposta, o "Ocupe Wall Street" fez em sua página na internet "um chamado urgente para reagir e evitar o fim forçado" do acampamento.

"Unam-se a nós às 06h00 de sexta-feira para nos defender de forma não violanta diante da expulsão", escreveu o movimento, que há quatro semanas denuncia a cobiça de Wall Street e a corrupção dos mais ricos.

O movimento afirma que o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, afirmou que a praça seria reaberta após as operações de limpeza, e que os manifestantes deveriam respeitar as regras que proíbem sacos de dormir, lonas e barracas.

"É uma forma de acabar definitivamente com o 'Ocupe Wall Street'", completa o chamado.

Bloomberg foi pessoalmente advertir os manifestantes na quarta-feira à noite sobre estas operações de limpeza.


Nas últimas três semanas, "o parque se deteriorou, o que criou problemas de saúde e de limpeza, os quais precisamos resolver", explicou na quinta-feira a Brookfield Property em comunicado que os funcionários, protegidos com policiais e cães, transmitiram aos manifestantes.

Desde 17 de setembro, centenas de pessoas dormem no chão dessa praça privada, mas aberta ao público.

Os manifestantes instalaram serviço de comida, uma enfermaria, um espaço de informação, um centro de vídeo, uma biblioteca e, inclusive, um ponto de reaproveitamento de água, protegido por lonas.

Uma equipe de limpeza varre a praça de forma permanente.

O proprietário da praça explicou que depois da limpeza, que será efetuada em três etapas de quatro horas, a praça será "reaberta ao público para que se realize um uso conforme as regras".

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