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EUA ainda preocupam e bolsas da Europa recuam

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu para 313,02 pontos, em baixa de 0,06%

DAX: em Frankfurt, onde o índice DAX fechou em leve alta de 0,01%, aos 8.665,63 pontos (REUTERS/Ralph Orlowski)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de setembro de 2013 às 14h27.

Londres - Os principais índices de ações da Europa fecharam sem uma direção definida, próximos da estabilidade, com o foco ainda voltado para o futuro da política monetária e fiscal nos Estados Unidos. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu para 313,02 pontos, em baixa de 0,06%.

"Claramente há um grande debate sobre o quão forte está a economia dos EUA no momento, mas essa discussão pode muito bem ser substituída pelo debate no Congresso sobre o Orçamento e o teto da dívida nas próximas semanas", disse a diretora de investimento na Interactive Investor, Rebecca O'Keeffe.

O Congresso dos EUA tem até a próxima segunda-feira, 30, para aprovar o Orçamento federal de 2014. O ano fiscal corrente termina neste mês e, sem um acordo, o governo poderá sofrer com uma paralisação já no próximo mês.

Nesta quarta-feira, o Secretário do Tesouro, Jacob Lew, disse que garante medidas emergenciais até no máximo 17 de outubro, quando o governo contará com apenas US$ 30 bilhões em caixa.

A Casa Branca atingiu o teto da dívida em maio e, desde então, recorre a medidas emergenciais para manter as contas em dia. Com o fim das medidas, o governo contará apenas com a sobra de caixa e a entrada de receitas para honrar com suas obrigações.

A equipe de análise da Capital Economics lembra que a crise de julho e agosto de 2011 foi acompanhada por fortes quedas nos preços das ações, que não se recuperaram até o fim daquele ano. Amanhã, o foco do mercado está nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA e nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.

As preocupações com a economia norte-americana ofuscaram, inclusive, o índice que mostrou uma melhora na confiança do consumidor alemão para o maior nível em seis anos. O índice GFK subiu para 7,1 pontos em outubro, contra um dado revisado de 7,0 pontos em setembro.


Em Frankfurt, onde o índice DAX fechou em leve alta de 0,01%, aos 8.665,63 pontos, as ações do setor bancário chamaram as atenções pelas perdas. Os papéis do Commerzbank se desvalorizaram em 6,03% diante de especulações de que a instituição reconhecerá perdas em áreas segmentos secundários.

Os do Deutsche Bank fecharam em baixa de 2,55% depois do CEO, Anshu Jain, afirmar a investidores que espera uma grande queda nas receitas com títulos de dívida no terceiro trimestre. Na ponta positiva, as ações da ThyssenKrupp avançaram 3,74% guiadas pelo anúncio de que o investidor Cevian Capital comprará uma participação de 5,2% no conglomerado.

Mas o destaque negativo do dia ficou por conta do índice FTSE, de Londres, que fechou em baixa de 0,30%, aos 6.551,53 pontos. O índice foi prejudicado pelas ações de empresas de utilidade pública, pressionado pelas declarações do líder da oposição do Reino Unido, Ed Miliband.

Ele disse que congelaria os preços de gás natural e de energia por 20 meses se eleito primeiro-ministro em 2015, levando as ações da SSE a uma queda de 5,76% e, as da Centrica, a uma retração de 5,3%.

O índice CAC 40, de Paris, fechou em baixa de 0,01%, aos 4.195,35 pontos. Traders dizem que esse movimento foi ocasionado pela melhora nos pedidos de bens duráveis nos EUA em agosto em meio a um cenário incerto para o futuro do país. As ações da Danone se desvalorizaram em 1,15% sob acusações de corrupção na China.

Na Itália, o índice FTSE Mib caiu 0,14%, para 18.089,24 pontos, em um dia no qual o foco dos investidores esteve nas ações da Telecom Itália. As ações da operadora de telefonia celular marcou forte queda de 4,67%, guiadas por um acordo entre a espanhola Telefónica e seus parceiros italianos. Operadores de mercado dizem que os papéis da Telecom Itália sofreram por conta das incertezas em relação a toda a operação.

A surpresa positiva do pregão ficou por conta dos índices de Lisboa e de Madri. Na capital espanhola, o índice Ibex 35 registrou ganhos de 0,82%, após subir para 9.242,90 pontos. Por lá, uma série de recomendações positivas para as ações influenciaram o principal índice da bolsa.

A equipe de análise do Goldman Sachs elevou a indicação para os papéis da Gas Natural e da Enagas de "neutra" para "compra", frente às expectativas positivas da reforma no setor energético. As ações daquela subiram 4,0% e, as desta, 1,1%.

Em Lisboa, o índice PSI 20 subiu 0,82% e alcançou a marca de 6.039,73 pontos, também influenciado pelo cenário corporativo. As ações das empresas Jerónimo Martins subiram 3,50% após o anúncio de que Alexandre Soares dos Santos deixará a presidência da empresa. Os papéis da Cofina também chamam atenção pela alta de 16,56%, impulsionadas pelos primeiros dados de audiência de seu canal de televisão a cabo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Londres - Os principais índices de ações da Europa fecharam sem uma direção definida, próximos da estabilidade, com o foco ainda voltado para o futuro da política monetária e fiscal nos Estados Unidos. O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu para 313,02 pontos, em baixa de 0,06%.

"Claramente há um grande debate sobre o quão forte está a economia dos EUA no momento, mas essa discussão pode muito bem ser substituída pelo debate no Congresso sobre o Orçamento e o teto da dívida nas próximas semanas", disse a diretora de investimento na Interactive Investor, Rebecca O'Keeffe.

O Congresso dos EUA tem até a próxima segunda-feira, 30, para aprovar o Orçamento federal de 2014. O ano fiscal corrente termina neste mês e, sem um acordo, o governo poderá sofrer com uma paralisação já no próximo mês.

Nesta quarta-feira, o Secretário do Tesouro, Jacob Lew, disse que garante medidas emergenciais até no máximo 17 de outubro, quando o governo contará com apenas US$ 30 bilhões em caixa.

A Casa Branca atingiu o teto da dívida em maio e, desde então, recorre a medidas emergenciais para manter as contas em dia. Com o fim das medidas, o governo contará apenas com a sobra de caixa e a entrada de receitas para honrar com suas obrigações.

A equipe de análise da Capital Economics lembra que a crise de julho e agosto de 2011 foi acompanhada por fortes quedas nos preços das ações, que não se recuperaram até o fim daquele ano. Amanhã, o foco do mercado está nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA e nas estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre.

As preocupações com a economia norte-americana ofuscaram, inclusive, o índice que mostrou uma melhora na confiança do consumidor alemão para o maior nível em seis anos. O índice GFK subiu para 7,1 pontos em outubro, contra um dado revisado de 7,0 pontos em setembro.


Em Frankfurt, onde o índice DAX fechou em leve alta de 0,01%, aos 8.665,63 pontos, as ações do setor bancário chamaram as atenções pelas perdas. Os papéis do Commerzbank se desvalorizaram em 6,03% diante de especulações de que a instituição reconhecerá perdas em áreas segmentos secundários.

Os do Deutsche Bank fecharam em baixa de 2,55% depois do CEO, Anshu Jain, afirmar a investidores que espera uma grande queda nas receitas com títulos de dívida no terceiro trimestre. Na ponta positiva, as ações da ThyssenKrupp avançaram 3,74% guiadas pelo anúncio de que o investidor Cevian Capital comprará uma participação de 5,2% no conglomerado.

Mas o destaque negativo do dia ficou por conta do índice FTSE, de Londres, que fechou em baixa de 0,30%, aos 6.551,53 pontos. O índice foi prejudicado pelas ações de empresas de utilidade pública, pressionado pelas declarações do líder da oposição do Reino Unido, Ed Miliband.

Ele disse que congelaria os preços de gás natural e de energia por 20 meses se eleito primeiro-ministro em 2015, levando as ações da SSE a uma queda de 5,76% e, as da Centrica, a uma retração de 5,3%.

O índice CAC 40, de Paris, fechou em baixa de 0,01%, aos 4.195,35 pontos. Traders dizem que esse movimento foi ocasionado pela melhora nos pedidos de bens duráveis nos EUA em agosto em meio a um cenário incerto para o futuro do país. As ações da Danone se desvalorizaram em 1,15% sob acusações de corrupção na China.

Na Itália, o índice FTSE Mib caiu 0,14%, para 18.089,24 pontos, em um dia no qual o foco dos investidores esteve nas ações da Telecom Itália. As ações da operadora de telefonia celular marcou forte queda de 4,67%, guiadas por um acordo entre a espanhola Telefónica e seus parceiros italianos. Operadores de mercado dizem que os papéis da Telecom Itália sofreram por conta das incertezas em relação a toda a operação.

A surpresa positiva do pregão ficou por conta dos índices de Lisboa e de Madri. Na capital espanhola, o índice Ibex 35 registrou ganhos de 0,82%, após subir para 9.242,90 pontos. Por lá, uma série de recomendações positivas para as ações influenciaram o principal índice da bolsa.

A equipe de análise do Goldman Sachs elevou a indicação para os papéis da Gas Natural e da Enagas de "neutra" para "compra", frente às expectativas positivas da reforma no setor energético. As ações daquela subiram 4,0% e, as desta, 1,1%.

Em Lisboa, o índice PSI 20 subiu 0,82% e alcançou a marca de 6.039,73 pontos, também influenciado pelo cenário corporativo. As ações das empresas Jerónimo Martins subiram 3,50% após o anúncio de que Alexandre Soares dos Santos deixará a presidência da empresa. Os papéis da Cofina também chamam atenção pela alta de 16,56%, impulsionadas pelos primeiros dados de audiência de seu canal de televisão a cabo. Fonte: Dow Jones Newswires.

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