Operadores na Bovespa: em abril, o número de contas de investidores pessoas físicas no mercado de ações caiu novamente, passando de 579,03 mil para 571,96 mil, ou mais de 7 mil contas a menos (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2014 às 10h25.
São Paulo - O investidor estrangeiro segue isolado na liderança das movimentações financeiras na BM&FBovespa. Em abril, eles responderam por 50,88% do volume total negociado no segmento Bovespa, de ações.
No acumulado de 2014, os investimentos estrangeiros nos papéis de empresas brasileiras atingiram volume positivo de R$ 5,3 bilhões, na negociação no mercado secundário da bolsa. Em abril, o balanço da negociação dos estrangeiros foi positivo em R$ 1,9 bilhão, resultado de vendas no valor de R$ 75,3 bilhões e de compras de ações de R$ 77,3 bilhões.
Já as pessoas físicas tiveram 13,72% do volume total, segundo dados divulgados hoje pela Bovespa. De acordo com o balanço, em abril, o número de contas de investidores pessoas físicas no mercado de ações caiu novamente, passando de 579,03 mil para 571,96 mil, ou mais de 7 mil contas a menos.
Os investidores institucionais tiveram participação de 29,67% no volume negociado, ante 29,16%, e as instituições financeiras ficaram com 5,03% ante 4,50%. As empresas negociaram 0,65% do volume total, de 0,91% no mês anterior.
Queda nas expectativas de receita
O segmento Bovespa movimentou, em abril, R$ 150,11 bilhões, ante R$ 125,23 bilhões registrados em março. A média diária foi de R$ 7,50 bilhões, ante R$ 6,59 bilhões.
Segundo estimativas do analista do Itaú Unibanco Alexandre Spada, a BM&FBovespa deve apresentar uma receita total de negociação e liquidação de R$ 148 milhões. “De modo geral, o segmento de renda variável apresentou um desempenho melhor, enquanto o de derivativos registrou números mais fracos”, observou, em relatório enviado a clientes.
Contudo, nos dois segmentos a comparação anual não é favorável, já que abril de 2013 foi um mês bastante forte em termos de volume. Para o analista, os números de abril “implicam uma revisão para baixo nas estimativas de receita líquida para o segundo trimestre, que já estimam uma contração de 12% na comparação anual”.