Mercados

Em sessão de giro fraco, juros terminam em baixa

Ao término da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (42.350 contratos) estava em 11,277%, de 11,288% na véspera.


	Bovespa: à tarde, DIs viraram para baixo, na expectativa pela ata do último encontro do Copom
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: à tarde, DIs viraram para baixo, na expectativa pela ata do último encontro do Copom (BM&FBovespa/Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de novembro de 2014 às 16h19.

São Paulo - A alta do dólar nesta quarta-feira, 5, acompanhando o movimento da moeda no exterior após dados positivos do mercado de trabalho privado norte-americano, teve influência contida sobre as taxas futuras de juros, limitada ao período da manhã.

À tarde, os DIs viraram para baixo, na expectativa pela ata do último encontro do Copom, que elevou a Selic para 11,25% ao ano.

Ao término da sessão regular, o DI para janeiro de 2015 (42.350 contratos) estava em 11,277%, de 11,288% na véspera.

O contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 (72.940 contratos) apontava 12,32%, ante 12,35% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2017 (166.715 contratos) indicava 12,43%, de 12,51%, e o DI com vencimento em janeiro de 2021 (75.415 contratos), 12,19%, de 12,29% no ajuste de ontem.

O acúmulo recente de prêmios na curva ajudou a inverter a trajetória das taxas.

Da mesma forma, a liquidez mais fraca também criou ambiente para puxar os DIs para baixo, já que um número menor de negócios foi responsável pelo movimento.

O mercado também ficou especulando sobre a nova equipe econômica, com a expectativa da escolha de um nome mais "market friendly".

Nada de novo foi conhecido nesta seara e a única novidade é que a presidente Dilma Rousseff só deve bater o martelo na volta de sua viagem para a Austrália, para o encontro do G-20, nos dias 14 e 15.

Apesar de tudo continuar no ar, o nome de Henrique Meirelles segue rondando as mesas.

O aval do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para a Petrobras reajustar os combustíveis, conforme noticiado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não fez preço.

O porcentual e a data do aumento só devem ser definidos em nova reunião no dia 14. Se for definida uma alta de 4% a 5%, a inflação vai continuar estourando a meta, segundo cálculos dos economistas.

O mercado de juros monitorou os indicadores domésticos. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) informou que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 0,1% em outubro ante o mês anterior.

Segundo a FGV, a estabilidade na margem não altera a tendência de piora da percepção sobre o estado geral do mercado de trabalho pelo consumidor, que vem sendo observada nos últimos meses.

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) avançou 4,3% em outubro ante o mês imediatamente anterior.

Mesmo assim, o indicador de média móvel trimestral ficou estável, indicando que uma efetiva reversão de tendência precisará ser confirmada pelos resultados dos próximos meses, destacou a FGV.

Além disso, o índice de atividade dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços no Brasil inverteu a trajetória de setembro e passou de expansão para contração em outubro, segundo o HSBC em parceria com a Markit Economics.

O índice caiu de 51,2 em setembro para 48,2 em outubro.

O PMI composto, que engloba serviços e indústria, também seguiu a mesma direção e caiu de 50,6 em setembro para 48,4 no mês passado.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresEmpresasEmpresas abertasJurosservicos-financeirosTaxas

Mais de Mercados

5 ações para ficar de olho no mercado dos EUA em 2025; veja a lista

Com novo leilão do BC no horizonte, dólar opera em queda e vai a R$ 6,15

Google mostra cotação do dólar errada no Natal; AGU aciona Banco Central

Novo leilão do BC, dívida pública e esperança de estímulos na China: o que move o mercado