São Paulo – As ações ordinárias (ELET3) e preferenciais de classe B (ELET6) da Eletrobras, estatal do setor de energia que controla empresas como Furnas e Itaipu, operam com fortes baixas no pregão desta terça-feira na BM&FBovespa, afetadas pelos resultados fracos do segundo trimestre do ano.

Os papéis ordinários chegaram a cair hoje 6,38% na mínima do dia, cotados a 15,55 reais, ao mesmo tempo em que as ações preferenciais de classe B atingiram um recuo de 4,95%, negociadas a 20,15 reais. No acumulado do ano, ambos os ativos apresentam desvalorização de 25,51% e 17,77%, respectivamente.

O lucro líquido do segundo trimestre ficou em 326,63 milhões de reais, com queda de 76,9% sobre o mesmo período do ano passado. A notícia não agradou ao mercado.

“Consideramos fracos os números apresentados pela Eletrobrás neste segundo trimestre, contudo, vale comentar que, os números do período vieram impactados negativamente por efeitos não recorrentes”, afirmam os analistas Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas da Concórdia Corretora.

Eles ainda destacaram o impacto negativo relativo à variação cambial entre os períodos e a contínua contribuição operacional deficitária por parte das distribuidoras da Eletrobras. “A possibilidade de privatização das distribuidoras federalizadas seria de extrema valia para a Eletrobras, que vem tentando sanar o balanço das mesmas através de vários esforços, como foi o caso da recente capitalização das companhias, mas segue contando com contribuição negativa dessas empresas nos resultados”, destacam.

Apesar dos prejuízos, Valter Cardeal, diretor de geração da estatal, afirmou hoje que a empresa não está interessada em vender suas controladas, segundo reportagem da Bloomberg.