Bolsas europeias: às 7h50, as perdas eram generalizadas nas principais bolsas da Europa e superavam 2% em alguns casos (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 8 de fevereiro de 2016 às 08h07.
São Paulo - As bolsas europeias operam em forte baixa, após reverterem ganhos da abertura em menos de uma hora de negócios, em meio a dúvidas causadas por dados recentes do mercado de trabalho dos EUA e a volatilidade do petróleo, que voltou a cair nesta manhã, após atravessar a madrugada em território positivo.
Em janeiro, os EUA criaram 151 mil empregos, menos do que as 185 mil vagas previstas por analistas, mas a taxa de desemprego recuou para 4,9%, de 5% em dezembro, e os salários subiram 0,5%, segundo relatório divulgado na última sexta-feira.
Os números mistos dos EUA geraram incertezas sobre o futuro da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que em dezembro elevou os juros básicos pela primeira vez desde 2006, mas preferiu deixá-los inalterados no mês passado, em meio à turbulência recente nos mercados financeiros globais e temores sobre o crescimento da economia mundial.
Para alguns analistas, o relatório mantém em aberto a possibilidade de o Fed voltar a elevar juros na reunião de março.
Os mercados asiáticos, por sua vez, ficaram majoritariamente fechados hoje, devido ao feriado do ano-novo chinês, que será celebrado ao longo da semana, mas a desaceleração da China continua sendo fonte de preocupação para os investidores. A bolsa japonesa foi exceção e encerrou o pregão desta segunda-feira em alta de 1,1%.
Às 7h50 (de Brasília), as perdas eram generalizadas nas principais bolsas da Europa e superavam 2% em alguns casos. Londres caía 1,58%, enquanto Paris recuava 2,28%, Frankfurt perdia 2,13%, Madri tinha queda de 2,31% e Milão, de 1,57%.
No mercado de câmbio, o euro avançava a US$ 1,1176, apagando perdas de mais cedo, enquanto a libra subia levemente, a US$ 1,4503.
A fraqueza do petróleo pressionava várias gigantes do setor, caso das britânicas BP (-1,44%) e Shell (-0,81%) e da espanhola Repsol (-2,24%).
O conglomerado varejista francês Casino Guichard-Perrachon, controlador do Grupo Pão de Açúcar no Brasil, por sua vez, destoava e tinha alta significativa no mercado em Paris.
No fim de semana, o Casino, anunciou a venda de sua participação na rede tailandesa Big C Supercenter, por 3,1 bilhões de euros (US$ 3,46 bilhões), a um bilionário tailandês. Após saltarem 9,2% na abertura, os papéis do Casino avançavam 1,43%.