Donos de bônus da OGX deveriam investir mais, diz Barclays
Segundo o banco, colocar mais dinheiro na empresa de Eike ajudaria a maximizar as ações que os titulares receberão como parte de uma oferta de swap
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 10h25.
São Paulo, Nova York e Rio de Janeiro - Os titulares de bônus da produtora de petróleo do ex-bilionário Eike Batista devem injetar mais dinheiro na empresa com sede no Rio de Janeiro para maximizar as ações que receberão como parte de uma oferta de swap, segundo o Barclays Plc .
O limite para a chamada conversão de financiamento devedor na posse do negócio (DIP, na sigla em inglês) redunda em um valor de apenas US$ 360 milhões para a empresa, disse Christopher Buck, analista de dívidas da Barclays, em relatório a clientes depois que a Óleo Gás Participações SA anunciou uma proposta de swap de títulos de dívida por ações, em 24 de dezembro.
A ação foi negociada pela última vez a 26 centavos, dando à empresa um valor de mercado de US$ 358 milhões.
“Essa é uma avaliação conservadora e, portanto, fazer parte do financiamento DIP melhora o potencial de crescimento para os detentores de bônus”, disse Buck no relatório.
A Óleo Gás, que pretende deixar a proteção à falência em março, no mês passado chegou a um acordo com credores, incluindo detentores da maior parte de seus US$ 3,6 bilhões em bônus, para trocar títulos de dívida por uma participação acionária de 90 por cento.
O acordo inclui uma injeção de pelo menos US$ 200 milhões para manter seu único campo de petróleo produtivo em operação. Os credores que injetam mais dinheiro estão em posição de obter, proporcionalmente, mais ações.
A Pacific Investment Management Co. e a BlackRock Inc. lideraram as negociações para um grupo de titulares de bônus que têm direitos exclusivos de fornecer a primeira parcela de financiamento DIP, de cerca de US$ 118 milhões. Outros detentores podem participar da segunda parcela do financiamento para receber mais ações na troca.
Sob o acordo, os titulares de bônus obterão 16,3 por cento das ações da Óleo Gás em troca por US$ 3,769 bilhões de valor de face em bônus. A Óleo Gas era conhecida antes como OGX.
Componente de financiamento
A Barclays estima que os membros do comitê que participa da negociação representam 55 por cento dos titulares de bônus e obterão uma participação de 9 por cento da empresa ao trocar seus bônus, enquanto os demais conseguirão 7,3 por cento com seus bônus.
Os detentores de bônus obterão uma participação de 65 por cento se participarem do novo componente de financiamento do acordo. A Barclays calcula que os membros do comitê responderão por 87,3 por cento do novo financiamento, injetando US$ 182 milhões e recebendo por isso 55,7 por cento da empresa.
Os demais titulares de bônus injetarão US$ 26,5 milhões e obterão 12,7 por cento, segundo estimativas da Barclays.
No total, a Barclays estima que os principais titulares de bônus obterão 66,7 por cento da empresa, enquanto os detentores de bônus restantes ficarão com 14,6 por cento. “Nós também calculamos que a OSX terá 6,5 por cento e os fornecedores, 2,2 por cento”, disse o relatório.
O prazo para finalizar os documentos do financiamento DIP é 24 de janeiro.
A troca é a melhor opção para que os detentores recuperem algum valor sobre as notas, que desvalorizaram 90 por cento no ano passado, disse Russel Dallen, operador-chefe da Caracas Capital Markets.
Se as empresas forem bem-sucedidas em expandir a produção, os titulares de bônus podem recuperar até 60 centavos de dólar, disse Dallen.
“Eles não estão fazendo isso por amor a Eike Batista, eles estão fazendo porque essa é a melhor forma de sair dessa situação”, disse Dallen, por telefone, de Miami. “Você está apostando com algumas pessoas muito inteligentes de que isso terá um resultado melhor do que sete centavos de dólar”.
A proposta visa a dar incentivos aos investidores para injetarem dinheiro novo, porque caso contrário a empresa não será capaz de se recuperar, disse Eduardo Munhoz, advogado da empresa no comando do caso de proteção de falência.
São Paulo, Nova York e Rio de Janeiro - Os titulares de bônus da produtora de petróleo do ex-bilionário Eike Batista devem injetar mais dinheiro na empresa com sede no Rio de Janeiro para maximizar as ações que receberão como parte de uma oferta de swap, segundo o Barclays Plc .
O limite para a chamada conversão de financiamento devedor na posse do negócio (DIP, na sigla em inglês) redunda em um valor de apenas US$ 360 milhões para a empresa, disse Christopher Buck, analista de dívidas da Barclays, em relatório a clientes depois que a Óleo Gás Participações SA anunciou uma proposta de swap de títulos de dívida por ações, em 24 de dezembro.
A ação foi negociada pela última vez a 26 centavos, dando à empresa um valor de mercado de US$ 358 milhões.
“Essa é uma avaliação conservadora e, portanto, fazer parte do financiamento DIP melhora o potencial de crescimento para os detentores de bônus”, disse Buck no relatório.
A Óleo Gás, que pretende deixar a proteção à falência em março, no mês passado chegou a um acordo com credores, incluindo detentores da maior parte de seus US$ 3,6 bilhões em bônus, para trocar títulos de dívida por uma participação acionária de 90 por cento.
O acordo inclui uma injeção de pelo menos US$ 200 milhões para manter seu único campo de petróleo produtivo em operação. Os credores que injetam mais dinheiro estão em posição de obter, proporcionalmente, mais ações.
A Pacific Investment Management Co. e a BlackRock Inc. lideraram as negociações para um grupo de titulares de bônus que têm direitos exclusivos de fornecer a primeira parcela de financiamento DIP, de cerca de US$ 118 milhões. Outros detentores podem participar da segunda parcela do financiamento para receber mais ações na troca.
Sob o acordo, os titulares de bônus obterão 16,3 por cento das ações da Óleo Gás em troca por US$ 3,769 bilhões de valor de face em bônus. A Óleo Gas era conhecida antes como OGX.
Componente de financiamento
A Barclays estima que os membros do comitê que participa da negociação representam 55 por cento dos titulares de bônus e obterão uma participação de 9 por cento da empresa ao trocar seus bônus, enquanto os demais conseguirão 7,3 por cento com seus bônus.
Os detentores de bônus obterão uma participação de 65 por cento se participarem do novo componente de financiamento do acordo. A Barclays calcula que os membros do comitê responderão por 87,3 por cento do novo financiamento, injetando US$ 182 milhões e recebendo por isso 55,7 por cento da empresa.
Os demais titulares de bônus injetarão US$ 26,5 milhões e obterão 12,7 por cento, segundo estimativas da Barclays.
No total, a Barclays estima que os principais titulares de bônus obterão 66,7 por cento da empresa, enquanto os detentores de bônus restantes ficarão com 14,6 por cento. “Nós também calculamos que a OSX terá 6,5 por cento e os fornecedores, 2,2 por cento”, disse o relatório.
O prazo para finalizar os documentos do financiamento DIP é 24 de janeiro.
A troca é a melhor opção para que os detentores recuperem algum valor sobre as notas, que desvalorizaram 90 por cento no ano passado, disse Russel Dallen, operador-chefe da Caracas Capital Markets.
Se as empresas forem bem-sucedidas em expandir a produção, os titulares de bônus podem recuperar até 60 centavos de dólar, disse Dallen.
“Eles não estão fazendo isso por amor a Eike Batista, eles estão fazendo porque essa é a melhor forma de sair dessa situação”, disse Dallen, por telefone, de Miami. “Você está apostando com algumas pessoas muito inteligentes de que isso terá um resultado melhor do que sete centavos de dólar”.
A proposta visa a dar incentivos aos investidores para injetarem dinheiro novo, porque caso contrário a empresa não será capaz de se recuperar, disse Eduardo Munhoz, advogado da empresa no comando do caso de proteção de falência.