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Dólar volta ao patamar de R$2,30 com mercado atento aos EUA

Operadores estão atentos à possibilidade de o Banco Central entrar no mercado para conter a valorização da moeda dos Estados Unidos


	Notas de dólar: o dólar avançava 0,63%, a R$2,3004 reais na venda, com volume de US$17 milhões; na máxima, a moeda chegou a ser cotada 2,3039 vendas
 (Arif Ali/AFP)

Notas de dólar: o dólar avançava 0,63%, a R$2,3004 reais na venda, com volume de US$17 milhões; na máxima, a moeda chegou a ser cotada 2,3039 vendas (Arif Ali/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de agosto de 2013 às 10h32.

São Paulo - O dólar avançava em relação ao real nesta terça-feira e voltou ao patamar de 2,30 reais na venda, acompanhando o movimento de valorização no exterior em relação a diversas moedas após a divulgação do resultado das vendas no varejo nos Estados Unidos em julho.

A medida de gastos do consumidor dos EUA subiu no mês passado no ritmo mais rápido em sete meses, o que deixa investidores atentos à possibilidade de o Federal Reserve reduzir o programa de estímulo monetário já no mês que vem.

Às 10h24, o dólar avançava 0,63 por cento, a 2,3004 reais na venda, com volume de 17 milhões de dólares. Na máxima, a moeda chegou a ser cotada 2,3039 vendas.

"O movimento hoje é de valorização do dólar no mundo devido aos melhores números da economia deles", afirmou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.

Assim, os operadores estão atentos à possibilidade de o Banco Central entrar no mercado para conter a valorização da moeda dos Estados Unidos. "As duas últimas intervenções do BC ocorreram quando o dólar estava mais baixo do que está hoje", comentou um operador de banco estrangeiro.

Na segunda-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, negou que a autoridade monetária tenha mudado sua atuação no mercado cambial e acrescentou que a ação do BC continua "a mesma desde sempre", reforçando que não há compromisso com taxas de câmbio.

"O BC se reserva o direito de intervir quando julga que as condições de mercado assim o permitam. O BC opera como sempre operou", disse Hamilton.

O dólar começou o dia em alta em relação ao real em sintonia com o movimento em relação a outras moedas emergentes e de economias avançadas. E essa valorização ganhou força na sequência da divulgação dos dados de vendas no varejo nos EUA.

"As vendas no varejo reforçaram o argumento de que a redução (do estímulo norte-americano) pode vir já em setembro", afirmou o operador de um banco estrangeiro.

As vendas no varejo nos EUA excluindo carros, gasolina e materiais de construção --importante componente da medida sobre gastos do consumidor-- subiram 0,5 por cento no mês passado, informou o Departamento do Comércio norte-americano nesta terça-feira.

O Fed compra mensalmente 85 bilhões de dólares em ativos e tem dito que pode reduzir esse ritmo quando a recuperação da maior economia do mundo estiver sólida. Nesse cronograma, o programa de estímulo monetário --chamado de "quantitative easing"-- poderia ser encerrado em meados de 2014.

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