Após subir 1,16% nesta quinta, dólar volta a recuar; Bolsa avança
Às 11:54, o dólar recuava 0,35 por cento, a 3,7118 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 1,16 por cento, a 3,7250 reais
Reuters
Publicado em 19 de outubro de 2018 às 10h44.
Última atualização em 19 de outubro de 2018 às 14h37.
São Paulo - O dólar operava em queda ante o real nesta sexta-feira após sofrer correção na véspera, com o otimismo do mercado em torno da eleição presidencial voltando a prevalecer e acompanhando a trajetória no exterior ante divisas de países emergentes.
Às 11:54, o dólar recuava 0,35 por cento, a 3,7118 reais na venda, depois de terminar a véspera em alta de 1,16 por cento, a 3,7250 reais, interrompendo sequência de três quedas.
O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,30 por cento.
"Quando a moeda recua abaixo de 3,70 reais, acaba atraindo comprador. Mas há potencial para ela cair mais e beliscar os 3,50 reais com as eleições, dependendo dos nomes da equipe técnica", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
Na mínima da sessão, pouco depois da abertura, o dólar chegou a ultrapassar 1 por cento de retração, a 3,6878 reais, para pouco a pouco recuperar o nível de 3,70 reais.
Levantamento Datafolha divulgado na véspera mostrou que o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) tem 59 por cento dos votos válidos, contra 41 por cento do petista Fernando Haddad, ratificando resultado apontado por outras pesquisas desde o primeiro turno.
Ainda segundo o instituto, Haddad apresenta uma taxa de rejeição de 54 por cento, enquanto Bolsonaro tem 41 por cento.
Levantamento da XP Investimentos divulgado nesta sessão também confirmam a dianteira de Bolsonaro, com Bolsonaro 16 pontos à frente de Haddad.
O mercado vê com bons olhos os resultados das pesquisas uma vez que considera que o candidato com mais chances de implementar uma agenda reformista seria Bolsonaro (PSL), devido principalmente à sua escolha de Paulo Guedes como principal assessor econômico.
No exterior, o dólar tinha leve alta ante a cesta de moedas e caía ante as divisas de países emergentes, como os pesos chileno e o rublo russo. O movimento do governo chinês para acalmar o mercado após dados mais fracos do país tinha efeito sobre os emergentes.
O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de novembro, no total de 8,027 bilhões de dólares.
Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.