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Dólar termina acima de R$ 2,08 por exterior e fluxo

Fluxos de pagamentos ditaram o movimento da divisa norte-americana na sessão desta quinta-feira


	Dólar: a moeda encerrou o pregão com ganho de 0,39% no mercado à vista de balcão
 (Oscar Siagian/AFP)

Dólar: a moeda encerrou o pregão com ganho de 0,39% no mercado à vista de balcão (Oscar Siagian/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 16h26.

São Paulo - O dólar manteve-se em terreno positivo na segunda parte dos negócios, para fechar nesta quinta-feira com ganho de 0,39%, cotado a R$ 2,0820 no mercado à vista de balcão. A moeda norte-americana rompeu o nível de R$ 2,08 apenas no meio da tarde. Operações de importadores no mercado doméstico, combinadas com a cautela dos investidores em relação ao debate na arena fiscal nos Estados Unidos, direcionaram o rumo da moeda.

A intensificação de demanda pela divisa dos EUA acompanhou a deterioração no ambiente externo. À tarde, o dólar ganhava fôlego também ante outras moedas de elevada correlação com os preços das commodities. Ainda, ao longo do período vespertino, o dólar Index, que mede a variação do dólar ante uma cesta composta por seis moedas, acelerou de forma gradual e apresentava alta de 0,17% perto das 16 horas.

"O que está ditando o movimento da moeda são os fluxos de pagamentos", citou o diretor da Fourtrade Corretora de Câmbio, Luiz Carlos Baldan, em referência à intensificação de remessas corporativas ao exterior, que tradicionalmente ocorrem no último mês do ano. "Há maior procura por dólares e o mercado spot sente um pouco de falta de cobertura", disse um operador. Em particular, estrategistas observam que operações de importadores contribuíram para puxar a alta do dólar no mercado doméstico.

No exterior, a preocupação com o abismo fiscal eleva a cautela, acentuando a alta do dólar, em um dia de indicadores mistos da economia dos EUA, e após mudança de linguagem pelo Federal Reserve estabelecendo diretrizes de emprego e inflação para a condução dos juros.

Nesta tarde, o presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse ser "claro que o presidente (Barack Obama) não está levando a sério os cortes nos gastos, mas os gastos públicos são o verdadeiro problema".


No mercado doméstico, o dólar à vista encerrou a R$ 2,0820 no balcão, com alta de 0,39%. Na máxima, a moeda bateu em R$ 2,0840 e tocou R$ 2,0730, na mínima do dia. O giro financeiro somava US$ 2,322 bilhões em torno das 16h30.

Na BM&F, a moeda spot fechou cotada a R$ 2,0815, com ganho de 0,45% e cinco negócios (dados preliminares). No mesmo horário, o dólar para janeiro de 2013 era cotado a R$ 2,086 (+0,43%).

O Federal Reserve estendeu acordos de swap em dólares, bem como de swaps bilaterais, com o Banco do Canadá, o Banco da Inglaterra, o Banco Central Europeu e o Banco Nacional da Suíça até 1º de fevereiro de 2014 nos dois casos. Anteriormente, tais operações eram válidas até 1º fevereiro de 2013. Além de liquidez em dólares, tais arranjos propiciam liquidez para cada uma das moedas dos BCs envolvidos.

Na Europa, os ministros das Finanças da União Europeia (UE) aprovaram a criação de um supervisor bancário único, destinado à maioria das instituições financeiras, sob supervisão do Banco Central Europeu (BCE).

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