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Dólar tem segunda queda seguida e termina abaixo de R$4,10

O dólar recuou 0,57%, a 4,0812 reais na venda, depois de tocar a mínima de 4,0478 reais; o dólar futuro recuava cerca de 0,6%

Dólar: nos últimos cinco pregões, a moeda havia acumulado o maior ganho semanal desde novembro de 2016 (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: nos últimos cinco pregões, a moeda havia acumulado o maior ganho semanal desde novembro de 2016 (Gary Cameron/Reuters)

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Reuters

Publicado em 27 de agosto de 2018 às 17h13.

Última atualização em 27 de agosto de 2018 às 17h13.

São Paulo - O dólar recuou pela segunda sessão consecutiva e terminou abaixo de 4,10 reais, influenciado pelo exterior, onde predominou a busca pelo risco e após os Estados Unidos e México chegarem a um acordo sobre o Nafta, aliviando as tensões sobre guerra comercial.

A agenda e o noticiário tranquilos contribuíram para o recuo da moeda norte-americana, mas a cautela com a cena eleitoral conteve o movimento.

O dólar recuou 0,57 por cento, a 4,0812 reais na venda, depois de tocar a mínima de 4,0478 reais. Nos últimos cinco pregões, a moeda havia acumulado o maior ganho semanal desde novembro de 2016. O dólar futuro recuava cerca de 0,6 por cento.

"O mercado está um pouco mais racional hoje. O cenário favorável lá fora e a ausência de notícias (eleitorais) estão fazendo o mercado se acomodar um pouco depois de uma semana de muita cautela", disse o operador da Spinelli Corretora José Carlos Amado.

No exterior, o dólar caía ante a cesta de moedas após o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, ter mantido na sexta-feira o discurso de gradualismo para a política monetária norte-americana. Desta forma, segue a avaliação de duas novas altas nos Estados Unidos até dezembro.

Também ajudou no humor o acordo entre EUA e México sobre o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), o que favoreceu o forte avanço do peso mexicano ante o dólar. Falta só o Canadá chegar a um acordo para participar do novo arranjo.

A moeda norte-americana também caía ante o peso chileno, mas subia contra a lira turca com a volta das preocupações sobre o embate diplomático com Washington devido ao pastor norte-americano em julgamento na Turquia.

Internamente, os investidores seguiam monitorando a cena eleitoral local com a expectativa de maior exposição dos candidatos à Presidência com o início da campanha eleitoral na televisão na sexta-feira.

"Com o início da campanha em cadeia nacional, a expectativa do mercado é de que Geraldo Alckmin ganhe relevância nas pesquisas, já que ficou com a maior fatia do bolo ao fazer aliança com o Centrão", apontou a CM Capital Markets em relatório.

O candidato do PSDB, preferido do mercado por seu perfil reformista, não conseguiu até o momento decolar nas pesquisas de intenção de voto, como reforçou novo levantamento nesta segunda-feira. Essa apatia e a possibilidade de um segundo turno com o PT fizeram os investidores reprecificarem recentemente o dólar para acima de 4 reais.

Segundo levantamento feito a pedido do banco BTG Pactual, no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso desde abril no âmbito da operação Lava Jato, Jair Bolsonaro (PSL) está na liderança com 24 por cento das intenções de voto, à frente de Marina Silva (Rede) com 15 por cento, Alckmin com 9 por cento, e Ciro Gomes (PDT) com 8 por cento.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 4,56 bilhões de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro.

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