Dólar opera em queda, acompanhando mercado externo
O dólar operava em queda nesta segunda-feira, perto de R$ 3,15
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2016 às 11h31.
São Paulo - O dólar recuava para perto de 3,15 reais nesta segunda-feira, acompanhando o apetite por risco nos mercados externos de câmbio e após uma fonte da equipe econômica afirmar à Reuters que o governo tem poucas ferramentas para limitar a queda da moeda norte-americana, que tende a continuar.
Às 11:15, o dólar recuava 0,66 por cento, a 3,1639 reais na venda, após chegar a 3,1597 reais na mínima do dia. O dólar futuro caía cerca de 1 por cento nesta manhã.
"A leitura de sexta-feira, de que o governo poderia tentar segurar a queda do dólar, está ficando para trás", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
O dólar havia saltado 1,4 por cento, maior alta em dois meses, e encostado em 3,20 reais na sessão passada após o presidente interino Michel Temer afirmar que era necessário manter "um certo equilíbrio no câmbio", sem cotações altas ou baixas demais.
A Reuters publicou nesta manhã que, segundo uma importante fonte da equipe econômica, o governo não tem muito como agir para conter a desvalorização da divisa.
"Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial", afirmou.
O dólar vem rondando os menores níveis em mais de um ano frente ao real, influenciado por expectativas de contínua atratividade de ativos brasileiros no cenário em que os juros norte-americanos não voltam a subir até o fim deste ano.
O otimismo no mercado sobre as promessas de restrição fiscal de Temer também vem corroborando o recuo do dólar.
O BC reagiu aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente com a autoridade monetária acreditam que o BC pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de 50 bilhões de dólares. No ano passado, esse estoque girou acima de 100 bilhões de dólares.
*Atualizada às 11:30
São Paulo - O dólar recuava para perto de 3,15 reais nesta segunda-feira, acompanhando o apetite por risco nos mercados externos de câmbio e após uma fonte da equipe econômica afirmar à Reuters que o governo tem poucas ferramentas para limitar a queda da moeda norte-americana, que tende a continuar.
Às 11:15, o dólar recuava 0,66 por cento, a 3,1639 reais na venda, após chegar a 3,1597 reais na mínima do dia. O dólar futuro caía cerca de 1 por cento nesta manhã.
"A leitura de sexta-feira, de que o governo poderia tentar segurar a queda do dólar, está ficando para trás", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
O dólar havia saltado 1,4 por cento, maior alta em dois meses, e encostado em 3,20 reais na sessão passada após o presidente interino Michel Temer afirmar que era necessário manter "um certo equilíbrio no câmbio", sem cotações altas ou baixas demais.
A Reuters publicou nesta manhã que, segundo uma importante fonte da equipe econômica, o governo não tem muito como agir para conter a desvalorização da divisa.
"Não tem muita coisa que se possa fazer, a experiência mostra que qualquer tipo de intervenção diferente não se sustenta e acaba sendo mais prejudicial", afirmou.
O dólar vem rondando os menores níveis em mais de um ano frente ao real, influenciado por expectativas de contínua atratividade de ativos brasileiros no cenário em que os juros norte-americanos não voltam a subir até o fim deste ano.
O otimismo no mercado sobre as promessas de restrição fiscal de Temer também vem corroborando o recuo do dólar.
O BC reagiu aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente com a autoridade monetária acreditam que o BC pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de 50 bilhões de dólares. No ano passado, esse estoque girou acima de 100 bilhões de dólares.
*Atualizada às 11:30